Maria dos Tijolos viveu por vários anos em Várzea Alegre, distribuindo alegria e ingenuidade. Nascida simplesmente Maria, adquiriu seu incomum sobrenome por passar o dia inteiro circulando pelas ruas oferecendo tijolos de leite. A vendedora, com pouca lucidez, não se incomodava em voltar pra casa com todos os doces na bandeja, pois sua maior satisfação era caminhar livremente pela cidade e conversar com as pessoas.
Aos domingos, na missa da Igreja de São Raimundo Nonato, Maria dos Tijolos adorava escutar o coral cantando os louvores à Nossa Senhora, principalmente o composto pelo talentoso Padre Zezinho:
“(...) Maria que eu quero bem
Maria de puro amor
Igual a você ninguém
Mãe pura do meu Senhor (...)”
A vendedora dos doces, de batom vermelho nos lábios de sua desdentada boca, não escondia a satisfação ao ouvir o belo hino. Com um riso tímido e as mãos juntas próximo ao rosto, Maria dos Tijolos se sentia a verdadeira e única homenageada pela bela canção, mesmo alertada por um das cantoras do coral da igreja,:
- Maria, deixa de ser besta, essa música é pra Nossa Senhora. Num é pra tu não, viu.
(imagem Google)
Flavinho, eu sabia o dia q vc ia chegar em Várzea Alegre através de Maria, ela sentia-se realizada em anunciar a sua chegada. Era uma figura!
ResponderExcluirEduardo Cavalcante
Dudu,
ExcluirMaria foi a maior fã que eu já tive e terei e na vida....rsrsr...
Abraços.
Bom dia, Flavio! A Maria se sentia importante e isso a fazia feliz. Belos momentos vc viveu e acredito que vive ainda outros tantos. Um abç
ResponderExcluir