Certa
manhã, na metade do século XX, o comerciante Zé Teixeira, estabelecido em
Várzea Alegre, em viagem de negócio ao vizinho e progressista município do Crato,
conheceu uma jovem e bela moça e passou a cortejá-la.
Em
um banco de praça, a conversa com a bonita mulher fluía normalmente até que surgiu
um varzealegrense e resolveu estragar o galanteio. Entregando o comprometimento
conjugal de Zé Teixeira, o rapaz estendeu-lhe a mão e tomou-lhe a benção como
se filho fosse:
- Bença, pai...
Surpresa,
a moça olhou para o pretendente, e, com rispidez, cobrou:
- Valha, Zé. Você num me disse agorinha que era desimpidido?
O experiente
comerciante, rápido e espirituoso nas respostas, indo à forra com o
inconveniente conterrâneo, imediatamente justificou:
-
Sou sim, minha linda. Ele né filho
meu não. É que eu fui muito tempo amancebado com a mãe dele e ele se acostumou
a me chamar de pai...
Colaboração: Oneide Teixeira
(Imagem Google)
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