sábado, 4 de maio de 2013

752 - "BENÇA"





Certa manhã, na metade do século XX, o comerciante Zé Teixeira, estabelecido em Várzea Alegre, em viagem de negócio ao vizinho e progressista município do Crato, conheceu uma jovem e bela moça e passou a cortejá-la.


Em um banco de praça, a conversa com a bonita mulher fluía normalmente até que surgiu um varzealegrense e resolveu estragar o galanteio. Entregando o comprometimento conjugal de Zé Teixeira, o rapaz estendeu-lhe a mão e tomou-lhe a benção como se filho fosse:     


- Bença, pai...


Surpresa, a moça olhou  para o pretendente, e, com rispidez, cobrou:


- Valha, Zé. Você num me disse agorinha que era desimpidido?


O experiente comerciante, rápido e espirituoso nas respostas, indo à forra com o inconveniente conterrâneo, imediatamente justificou: 


- Sou sim, minha linda. Ele filho meu não. É que eu fui muito tempo amancebado com a mãe dele e ele se acostumou a me chamar de pai...



Colaboração: Oneide Teixeira

(Imagem Google)

Nenhum comentário:

Postar um comentário