Francisco Correia Lima, conhecido como Hamilton, administrou a pacata Várzea Alegre por dois mandatos em meados do século passado. Na época, como os profissionais médicos eram ainda mais insuficientes que hoje, o político, formado em Farmácia, também consultava os habitantes da região.
Sem rodeios, o farmacêutico tratava e diagnosticava os problemas dos seus pacientes com uma excessiva sinceridade, o que não abalava a sua enorme popularidade.
Certo dia, em sua movimenta Farmácia Popular, na antiga Rua Major Joaquim Alves, o líder político consultou o agricultor Joaquim Saldanha, morador das Varas, sítio localizado a poucos quilômetros da sede do Município. Hamilton fez algumas perguntas e usou o medidor de pressão e o estetoscópio para os exames. Terminada a verificação, o farmacêutico nada disse, provocando a imediata pergunta do angustiado paciente:
- Dotô Hamilton, o que eu tenho? Como tá minha pressão?
- Saia de perto de mim. – determinou o farmacêutico.
- Vixe, dotô. Por quê? É contagioso?
- Não. É para você não cair em cima de mim – finalizou secamente o Doutor Hamilton.
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