terça-feira, 29 de janeiro de 2013

711 - ROLO DE FUMO





Na segunda metade do século passado, em um final de tarde de domingo, um agricultor de Várzea Alegre foi visitar o amigo , um vizinho com quem gostava de conversar e pitar uns cigarros de fumo. Os dois se encontraram, sentaram em um velho banco de madeira e passaram a prosear em frente à casa.

Logo no início da conversa, o visitante observou o amigo preparando um cigarro de fumo e pediu:

- Cumpade Zé, me empresta o fumo.  Saí apressado e esqueci o meu Só Quero Este* em casa, em cima da mesa...

Já cortando o fumo recebido, continuou:

- Me dê o teu papel aí, . O meu ficou em cima da mesa...

Passando a língua no papel para fechar o cigarro de fumo, o visitante prosseguiu:
 
- Cumpade Zé, me empresta aí teu isquêro também.  O meu dexei em riba da mesa...

Já incomodado com o abuso do vizinho, Zé propôs:

- Na próxima vez n’era milhó você trazê a mesa?


* marca de fumo bastante consumida no centro-sul cearense

Colaboração: Carlos Leandro da Silva (Carlin de Dalva)

(imagem Google)

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