domingo, 23 de setembro de 2012

655 - A BELINA DE LUIZ SILVINO




Nos dias atuais, a maioria dos veículos trazem o ar-condicionado como equipamento de série. Até mesmo alguns tratores e máquinas agrícolas saem de fábrica com o cômodo acessório.

No Norte e Nordeste, o aparelho veicular caiu no gosto de todos e passou a ser usado frequentemente para aliviar o forte calor que assola aquelas regiões brasileiras o ano todo.

No final do século passado, meu querido pai, Luiz Cavalcante, também conhecido como Luiz Silvino, adquiriu pela primeira vez um carro com o confortável equipamento. Tratava-se de uma belina II, já usada, automóvel da montadora americana Ford.

Estreiamos a nova aquisição com uma pequena viagem de Várzea Alegre ao Iguatu, quente município cearense localizado às margens do Rio Jaguaribe.  Na cidade, por volta do meio-dia, após algumas compras no movimentado centro comercial, sentindo um calor de quase quarenta graus e desejando curtir a confortável novidade, sugeri:

        - Papai, bora ligar o ar-condicionado. Tá quente demais aqui no Iguatu!!!!
     
     Meu velho pai, bodegueiro econômico e controlado, imaginando um gasto extra de combustível para girar o moderno acessório, justificou:
      
   - Meu fii, esse ar-condicionado cansa muito o motô. É melhor abrir o quebra-vento…


(imagem Google)

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