Adélia Pimpim, conhecida carinhosamente como “Dedé”, recebia total atenção e nutria grande afeição por seus filhos, principalmente por seu primogênito, único varão, o bem conceituado comerciante Sérgio Pinto de Carvalho.
No entanto, mesmo os mais dedicados filhos vez ou outra aborrecem a mãe. Certo dia, Dedé, já octogenária, teve uma raiva do seu caçula. Mas não era mulher de guardar sentimento ruim dentro de si. Assim, colocou seu vestido de sair e foi ao movimentado comércio do seu filho. Lá chegando, encontrou somente Sérgio e uns poucos funcionários do armazém. Da porta, Dedé, de pequena estatura, com dedo em riste, foi logo esbravejando:
- Sérgio eu vim aqui para dizer umas poucas e boas a você, mas como não tem quase ninguém eu volto quando o armazém tiver cheio.
Por vários dias, a todo instante, sobretudo quando o comércio lotava de fregueses, Sérgio suava frio e olhava desconfiado para a porta do seu armazém.
Dedé não voltou, porém seu recado foi bem dado.
Há valorosos ensinamentos em obras de educadores como o renomado Içami Tiba, mas certas situações da vida exigem atitudes com a inspiração e a sabedoria da saudosa Dedé.
(imagem Google)
Nenhum comentário:
Postar um comentário