sábado, 15 de agosto de 2015

918 - PEDAL PARA O IGARAPÉ




 Hoje, ainda pela madrugada, comecei o dia de sábado pedalando, saudável atividade que me divertiu na infância e voltou a encantar minha vida. Com mais treze amigos, levados por nossas bicicletas, fomos a uma localidade distante cerca de 50km de Macapá.
 
         Ao chegar ao simples e belo lugar, esquecemos imediatamente o cansaço das pedaladas, das diversas subidas, mergulhando na água fria do Igarapé. Além de nos refrescar no banho e nos divertir com um animado bate papo, resolvemos uma questão que nos atormentava desde que programamos o pedal para aquela localidade. Afinal, o Igarapé que deu nome ao lugar se chama "Das Armas" ou "Das Almas"?

         Um antigo morador do local, José Carlos, proprietário do pequeno estabelecimento comercial construído à margem do Igarapé, nos esclareceu que seu pai, José Flexa, nascido naquele lugar, contava que há muitos anos o pequeno córrego era bastante utilizado por caçadores. Numa dessas aventuras pelo Igarapé, a canoa afundou e os caçadores perderam suas armas. Dai em diante, por essa razão, o riacho passou a ser chamado de Igarapé das Armas.

         Dúvida sanada, preparávamos nossas bicicletas para retornar à Macapá quando Seu José Carlos comentou com Socorro, única ciclista mulher do nosso grupo:

         - Moça, você acredita em alma? Tem morador antigo que fala que o nome do Igarapé pode ser "Das Almas", pois aqui e ali aparecem umas visagens por aqui... pedalando...

(imagem Google)

Um comentário:

  1. Sua maneira de relatar fatos pitorescos do cotidiano não nega sua veia humorística e literária. Persista. Ainda não esqueci aquele conto do sabão da casa de sua avó, rsrs. No presente relato, o interessante é que nem o morador da beira do igarapé acreditava no que dizia. Melhor para ele escolher a versão que o pai dele contou, do que no disse-me-disse popular, rsrs. Saudades dos pedais. Abçs. Veneide.

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