sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

841 - MORENA DA INTERNET*



       Vivia-se o final da década de noventa. Ainda solteiro, nessa época a panela não queimava no fogão da minha casa. Assim, sair para comer com amigos servia para disfarçar um pouco a solidão. Certo dia, fui com o Marco Antônio e outros colegas almoçar em um pequeno shopping da cidade.

        Após o divertido almoço, quando já nos preparávamos para deixar o restaurante, chamou atenção a chegada de belas moças que à noite participariam de um movimentado desfile no shopping. Naquela tarde, realizar-se-ia o ensaio final. As lindas e elegantes jovens nos foram rapidamente apresentadas pelo conhecido coreógrafo.

      Passados uns três dias, em casa, sozinho, eu navegava pela internet no programa de bate papo da época, chamado mirc, quando, no canal #amapa, fui chamado por uma jovem de apelido Morena-18. A moça disse que me vira no shopping naquela semana, pois era uma das modelos que passara pelo restaurante.

       Depois de uma entusiasmada conversa pelo chat marcamos um encontro à noite na praça beira-rio. A Morena-18 me revelou suas belas e impressionantes características e me disse que gostava de homem perfumado e com a barba bem tirada. Não arrisquei. Na preparação para o ansiado encontro, gastei um frasco de perfume e quase arranco a pele do rosto de tanto passar a lâmina de barbear.

      Impaciente, cheguei ao lugar marcado bem antes do combinado. Toda garota que aparecia na beira do rio Amazonas eu logo imaginava que era a linda modelo. Porém, depois de longa espera, nada de chegar a morena de blusa top azul e mini saia jeans, como esperado. Certamente alguma coisa acontecera e a impedira de ir ao encontro. Decepcionado, voltei para casa, liguei o computador e, navegando pela internet, busquei reencontrar a jovem. Porém, naquela noite ela também não apareceu no chat**.

      No dia seguinte, estava no trabalho quando entrou na minha sala o colega Marco Antônio e me disse:

      - E aí, rapaz? Encontrou a Morena-18?


*originalmente publicada em 30 de abril de 2010.
**neologismo para designar local de bate papo em tempo real na internet
(imagem Google)

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

840 - DÍVIDA SANGRENTA*



        Diariamente os noticiários policiais mostram trágicas histórias de assassinatos motivados por dívidas. Em muitos casos, são irrisórios os valores envolvidos nas discussões que dão causa aos violentos crimes.

        Certo dia, na pacata Várzea Alegre, sertão cearense, o agricultor aposentado Zé de Lula encontrou seu amigo e contador Demontiê Batista e, com ar sério, falou:

        - Tiê, tou devendo sete real no bar de Buzuga. Por amor ao nosso padroeiro São Raimundo, me arrume dois real pra pagar e evitar uma morte.

        - Zé de Lula, por que só dois reais se você deve sete? – Retrucou o preocupado contador.

        - É porque Buzuga desce a ladeira do Gibão** muntado numa bicicleta na maior carreira. Quando me vê solta o guidon e com as mão me mostra sete dedos. Cinco numa e dois noutra. Quero pagar dois pra mode ele desocupar uma das mão e agarrar no guidon.


* Postado originalmente em 3 de abril de 2010.

** sítio localizado próximo da sede do município de Várzea Alegre

Colaboração: Kleber Dakson Fiúza(Manin de Saraiva)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

839 - DIETA SEXUAL*



         O agricultor cearense Zuza Lemos sempre gozou de uma saúde de ferro. Mas certo dia, depois de um mal estar súbito, por insistência de sua esposa Zefinha, decidiu procurar o médico da cidade de Lavras da Mangabeira. O doutor, analisando os sintomas descritos, desconfiou que o paciente sofresse de algum problema cardíaco. No fim da consulta, o clínico geral recomendou:

        - Seu Zuza, enquanto eu não receber o resultado dos exames e fechar o diagnóstico o senhor não deve fazer extravagância. O caso merece cuidado. Durante esse período de trinta dias é bom que o senhor pare seu trabalho da roça e também não namore dona Zefinha.

        - Dotô, trinta dias eu não agüento não. – ponderou o agricultor.

        - Se o senhor desobedecer quem não agüenta é o seu coração. E o senhor morre. – finalizou o médico.

       Zefinha, que acompanhou toda consulta, deixou o hospital preocupada com a saúde do marido. Para garantir o resguardo, a esposa decidiu dormir em quarto separado e de porta trancada.

        Passados alguns dias, Zefinha acordou tarde da noite com o barulho de fortes pancadas da porta. Era seu marido Zuza que batia e gritava desesperado:

       - Zefinha, abra a porta. Eu quero morerrrrrrr.


* Publicada originalmente em 6 de março de 2010.
Colaboração: Eliomar Gonçalves de Lemos Gomes
(imagem Google)

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

838 - A MÍMICA DA PROFESSORA*



    Visitando o meu Ceará mato a saudade de lindas paisagens. Nesta época de chuvas, numa incrível mudança, o verde toma conta de boa parte do cenário. Bem diferente dos meses de setembro a dezembro, chamados borrobros, quando a cor cinza monopoliza as imagens do sertão.

     Observando a bucólica paisagem e sua incrível mudança de cores, lembrei das aulas na sexagenária Escola de Primeiro Grau José Correia Lima, quando minha mãe Terezinha tornou-se também minha professora. Era o ano de 1977 e eu cursava a terceira série do falecido primeiro grau, hoje ensino fundamental.

     Toda a turma estava reunida resolvendo uma prova escrita de geografia. Em cópias reproduzidas no velho mimeógrafo, com uso de estêncil e em papel com cheiro de álcool, os ansiosos alunos buscavam responder várias perguntas, entre as quais a seguinte: Qual a vegetação típica do semi-árido nordestino ?

     No meio da turma, meu querido colega Francisco Eduardo Bitu de Freitas, sempre muito traquino e esperto, passou a insistir com a professora:

     - Tia Terezinha, por favor, dê só uma dica dessa questão.

     Depois de muita insistência de Eduardo, a professora, diante de toda turma, fez apenas um gesto, com uma das mãos abanando na frente do nariz.

     O persistente e astuto aluno Eduardo preencheu e devolveu sua prova com a resposta esperada: CAATINGA. Porém, no exame escrito de outro estudante, a professora encontrou uma surpreendente resposta: BUFA.

     Minha mãe guarda a sete chaves o nome do estudante, pois, mesmo com nossa imensa curiosidade, até hoje não revelou quem foi o autor da original resposta da prova de geografia.

* Postada originalmente em 11 de abril de 2009.
(imagem Google)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

837 - PAIXÃO ANIMAL*



     O difícil trabalho de investigação requer uma atitude de desconfiança permanente. Mesmo com as modernas técnicas, ainda hoje os policiais enfrentam enorme dificuldade na elucidação dos crimes, especialmente os sexuais, cometidos na clandestinidade.

     Meu avô materno, Antônio Alves Costa, na década de cinqüenta, foi delegado de polícia no interior do Ceará. Naquele período, pela completa falta de estrutura, o importante cargo exigia do seu ocupante um grau ainda maior de perspicácia na apuração dos delitos.

     Em certa manhã, o Delegado Antônio Costa foi acionado para atender um desesperado cidadão que desejava “dar parte” do rapto de sua filha de vinte anos de idade. Imediatamente intimado a comparecer na Delegacia, o suspeito confessou que “roubara” a moça. Porém, temendo as conseqüências, principalmente a obrigação de casar, buscou diminuir sua responsabilidade. Assim, mesmo admitindo que fizeram uma longa viagem juntos, o rapaz insistiu que não havia “bolinado” a jovem.

      A frágil versão apresentada só aumentou a desconfiança do Delegado, que, com seu alto e rouco tom de voz, argumentou:

     - Meu rapaz, não queira que eu acredite nessa história. Pois quando solteiro, eu fui para um samba num local bem mais perto. Do sítio Umari até o Junco**. E só na ida eu namorei com a minha burra Gasolina duas vezes.



Postada originalmente em 25 de março de 2009.
** atual município de Granjeiro


domingo, 23 de fevereiro de 2014

836 - O CABO SERGIN*



  Nesta última década os meios de comunicação apresentaram progressivo avanço. Hoje contamos com modernas formas de contatos como aparelhos celulares, internet, ipods, iPhones e outros.

     Nem parece que há poucos anos tudo era bem diferente.

     No final da década de setenta, por ainda não funcionar a discagem direta, as ligações telefônicas entre muitas cidades eram intermediadas por telefonistas. Para conseguir uma chamada necessariamente entrávamos em uma fila, até que a funcionária da companhia telefônica completasse a ligação.

     Meu querido tio e professor Paulo Danúbio, aproveitando o auge do militarismo, sempre que buscava uma ligação, com voz postada, dizia para a telefonista:

     - Por favor, aqui é o Coronel Paulo Danúbio, gostaria de uma ligação para Várzea Alegre.

     Assim, com urgência, a telefonista completava a ligação para o fictício Coronel.

     Meu saudoso primo Sergin, observador, ainda pré-adolescente, certo dia, em contato com a nem sempre atenciosa telefonista, resolveu copiar a estratégia:

    - Olha, aqui é o Cabo Sérgio Ricardo, exijo imediatamente uma ligação para Várzea Alegre.

    Não sei se por conta do congestionamento das ligações ou por falta de força da patente, mas infelizmente a ligação do meu primo demorou várias horas para ser completada.


(imagem Google)
* Postagem publicada originalmente em 21 de março de 2009

sábado, 22 de fevereiro de 2014

835 - PEDRA DE CLARIANÃ*


      Desde criança, lá pelas bandas do sertão cearense, escutei uma interessante história narrada por seu Alberto, antigo empregado do meu avô materno. Aquele humilde homem, de mãos calejadas pela vida de lavrador, nos intervalos de sua faina diária, contava a todos sobre a existência de um reino distante onde habitava uma linda princesa. Uma donzela, plena de virtudes e beleza, que ansiosa, de braços abertos, aguardava a chegada do seu príncipe, o próprio Alberto.

     Além de possuir o coração da linda herdeira, seu Alberto também era proprietário de uma pedra de ouro. Não se tratava de uma pedrinha ou de uma pepita qualquer, era uma pedra imensa, gigantesca, a Pedra de Clarianã. Toneladas e toneladas de ouro maciço, tudo pertencente a seu Alberto. A fortuna em metal precioso transformava aquele pobre homem no mais rico da terra em todos os tempos. Tamanha propriedade espantava qualquer dúvida sobre a existência do amor distante. Claro que havia uma linda princesa encastelada esperando a chegada do príncipe Seu Alberto. 

      A rica imaginação daquele homem habitou por muito tempo a fantasia de inúmeras crianças. Eu, mesmo não ouvindo a história contada diretamente pelo afortunado Alberto, também viajei na lúdica narrativa da enorme pedra de ouro e da bela princesa.

      Outro dia, por acaso, descobri que realmente existe uma pedra enorme com nome parecido e há anos cantada por poetas populares: a Pedra do Claranã, localizada no outro lado da chapada do Araripe, no sertão pernambucano, no município de Bodocó.

      Não sei se a pedra de Bodocó tem toneladas de ouro ou se naquele sertão existe um reino com bela princesa. Porém, ninguém duvida que Seu Alberto e as crianças que ouviram aquela historia jamais perderam a esperança de encontrar a verdadeira Pedra de Clarianã. Lúdicas histórias, com reinos, castelos, princesas e fortunas sugerem um final feliz. Nós todos ainda vamos encontrar a verdadeira pedra de Seu Alberto.

*Postagem número 1, publicada originalmente em 21/02/2009
(imagem Google)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

834 - 5 ANOS DO BLOG PEDRA DE CLARIANÀ




Em 21 de fevereiro de 2009 surgiu a ideia de registrar histórias simples e pitorescas do nosso povo em um ambiente de fácil acesso a todos. Assim, sem maiores pretensões, nasceu o blog Pedra de Clarianã.

Nesses 5 anos, o blog buscou cumprir o seu objetivo e registrou mais de 800 histórias. Recebeu centenas de milhares de visitas e mais de dois mil comentários.

Como os “causos” do nosso povo são inesgotáveis, esperamos permanecer no ar por mais alguns anos, contando sempre com a atenção, apoio e colaboração dos amigos leitores.

Para comemorar o quinto aniversário, nos próximos dias traremos de volta as cinco postagens mais lidas, comentadas e repercutidas de todos os tempos.

Muito obrigado a todos.

833 - A VISITA DE MANA QUERIDA A ANTÔNIO ULISSES





O corretor de algodão Antônio Ulisses, símpático e conversador, sempre manteve um relacionamento cordial e fraterno com as pessoas de Várzea Alegre, cidade cearense onde nasceu e viveu quase toda a sua vida.

No entanto, em meados de 2001, quando sofreu um acidente vascular cerebral(AVC), o corretor de algodão passou por um curto período de perturbação mental, momento em que apresentou algumas mudanças no seu comportamento. Após receber alta e deixar a internação hospitalar, na sua convalescença, no sitio Santa Rosa, recebia com antipatia e frieza os inúmeros amigos que o visitavam.

Certa tarde, Maria Lili dos Santos, conhecida como Mana Querida foi ao sítio Santa Rosa visitar o amigo Antônio Ulisses e o encontrou sentado em uma cadeira de balanço no agradável alpendre da sua casa.  Agoniada, sem freio na língua, a desacanhada visitante falou:

- Antôi, tu tá mió? Tão dizeno que tu rim da cabeça...

Ainda perturbado por conta das sequelas do AVC, o dono da casa deu pouca atenção à visitante e, mesmo apresentando certa dificuldade na fala, com a boca torta e salivante, respondeu rudemente:

- Não tenho doença nenhuma...

Desgostosa com a pouca atenção dispensada e com a surpreendente grosseria do velho amigo, Mana Querida deixou a casa. Ainda descia os degraus da calçada, quando, falando em voz alta, para que todos ouvissem, inclusive o convalescente Antônio Ulisses, reclamou:

- Vaila! Um hômi babano feito o cachorro da moléstia e ainda diz que num doente...


(imagem Google)
Colaboração: Terezinha Costa Cavalcante

domingo, 16 de fevereiro de 2014

832 - O TOQUE DA CAMPAINHA



Na década de 1980, o corretor de algodão Antônio Ulisses viajava com frequência de Várzea Alegre a Fortaleza para visitar sua mãe Maria Amélia. Após vencer o longo percurso de estradas ligando o sertão ao litoral cearense, o visitante finalmente chegava à capital alencarina.

No Bairro de Fátima, no prédio onde sua mãe morava, Antônio Ulisses, distraído, costumava se equivocar com o andar do apartamento. Em vez de tocar a campainha do 202, o varzealegrense acionava a sirene do 102, no andar abaixo. O visitante, ainda atordoado com a demorada viagem, só percebia o engano quando em vez da sua mãe, uma antipática senhora, síndica do prédio, vestindo uma camisola, abria a porta e aparecia em sua frente, dizendo:

- Não acredito. O senhor de novo me acordando de madrugada?

Desconcertado, Antônio Ulisses, carregando desajeitadamente as bolsas, iniciando a subida de mais um lance de escada, com sua espirituosidade de sempre, dizia:

- Me perdoe. É que em Várzea Alegre a gente num tem o costume de morar trepado, um em riba do outro...

(imagem Google)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

831 - BONS DE GARFO (Blog Pedra de clarianã há dois anos)



        Em um feriado prolongado da década de oitenta, os primos e amigos Antônio Ulisses e Tércio Costa viajaram juntos de Várzea Alegre para Fortaleza. No carro também foram Antônio Costa e Dirceu, filhos do corretor de algodão Antônio Ulisses.

        No município de Jaguaribe, ainda na metade do longo percurso, o engenheiro Tércio parou para o almoço em um modesto restaurante às margens da rodovia BR 116.

        Antônio Ulisses indagou por quanto o proprietário do estabelecimento alimentaria os quatro passageiros. Naquele dia de pouco movimento, aproveitando a oportunidade para ganhar uns trocados, o dono do restaurante disse que bastaria o pagamento de três refeições, pois no grupo havia duas crianças. Mesmo assim todos poderiam comer até se fartar.

        Os quatro sentaram à mesa e passaram a se servir da abundante comida. Na medida em que as tigelas esvaziavam, o dono do restaurante cuidava em trazer para os esfomeados passageiros novas guarnições de feijão, arroz, farofa e temperos diversos.

       Depois de comer bastante, Antônio Ulisses e Tércio deixaram a mesa e pediram café. Porém, para o espanto do proprietário da casa, os meninos continuaram a comer. Naquele ritmo, os apetitosos garotos raspariam as panelas e causariam prejuízo ao restaurante.

        Já cansado de tanto trazer comida, na intenção de completar com água os insaciáveis buchos dos meninos, o proprietário do estabelecimento sugeriu:

       - Vocês querem uma aguinha?

       Antônio Costa, o garoto mais velho, com a boca cheia de comida, falou:

      - Não, seu . A gente só toma água do mei pro fim. Mas pode trazer uma pimentinha pra mode nós enfezar a língua...



Colaboração: Irapuan Costa

(imagem Google)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

830 - O FEIJÃO CORRE PARA O MACHADO




A chuva que molha o sertão não faz brotar apenas as sementes cuidadosamente plantadas nas roças dos agricultores. Ela também germina a esperança depositada no coração do sertanejo. Por vários meses, o nordestino aguarda e roga aos céus pela chegada da estação chuvosa, mas nem sempre ela vem com a intensidade desejada.

Felizmente, nesses últimos dias, contrariando as pessimistas previsões dos órgãos oficiais, no centro-sul cearense vem caindo fortes chuvas, enchendo os leitos secos dos rios e riachos, recuperando o volume de água dos açudes, matando a sede e a fome dos animais, e, principalmente, reforçando a confiança de uma boa colheita e fartura, bem diferente dos anos anteriores.
   
Contam que em meados do século passado, em um período chuvoso, da calçada da sua casa grande, no Sanharol, comunidade próxima à sede do município cearense de Várzea Alegre, João Alves de Meneses, conhecido por João do Sapo, observava uma forte enchente que descia pelo leito do Riacho do Feijão. Naquele ano, o pequeno córrego transbordara, inundando completamente os baixios, molhando e fertilizando as terras do agricultor e pecuarista.

Com a calçada da casa repleta de familiares e agregados, referindo-se à força do afluente sobre o riacho principal, João do Sapo fez um simples, emocionado e alegre comentário que também serviria para retratar o que acontece esta semana:

- Hoje o Riacho do Feijão tá dando uma mãozinha ao Riacho do Machado...


(imagem Google)