Neste mês de janeiro de 2010, saindo de navio do Porto de Santana, Estado do Amapá, viajei com esposa, filhas, sogra e cunhada para Santarém, município do oeste paraense. A viagem inicia com a beleza do percurso pelo majestoso rio Amazonas – ou Solimões.
Na chegada a Santarém, fomos muito bem recebidos pelo impressionante
espetáculo do encontro dos rios Solimões e Tapajós. Suas águas teimam em
não se misturar. De um mirante próximo à orla da cidade é possível
observar os rios de cores diferentes correndo lado a lado.
As praias de areia branca e as águas claras impressionam. O rio Tapajós
pode não ser o rio mais bonito do mundo, mas certamente disputa as
primeiras posições. Na região, são tantos os lugares interessantes que
uma visita só é insuficiente pra conhecê-los: Alter do Chão, Ponta do
Cururu, Serra da Piroca, Ponta de Pedras, Pajuçara, Aramanaí e várias
outros.
Em Aramanaí, Município de Belterra, me deliciei com a paisagem e com o
tucurané na manteiga servido na beira do rio. Chamou-me atenção o nome
do lugar. Um experiente pescador cuidou logo em me contar uma popular
versão sobre a origem do nome da bela praia.
Segundo o velho morador, um rapaz e uma moça, irmãos, caminhavam pela
beira do rio Tapajós, retornando de uma festa em Belterra, onde beberam e
comeram bastante. Chegando naquela praia, a moça se viu agoniada e
perguntou ao irmão:
- Mano, tou apertada. Onde eu posso mijar?
O irmão, apontando para a praia que ganhou o nome, respondeu:
- Ara, mana. Aí.
(imagem Google)