Neste domingo, acompanhamos nosso pai Luiz Cavalcante em
uma visita ao Museu de Luiz Gonzaga, na cidade pernambucana de Exu. Transpomos
a Chapada do Araripe, imponente paredão que divide o sul do Ceará do Pernambuco,
ouvindo dezenas de sucesso do inesquecível artista nordestino.
Logo após o Crato, após subir grande parte da íngreme “muralha”
que abriga a Floresta Nacional do Araripe, paramos em pequenas vendas para adquirir
alguns produtos regionais, como a siriguela, a jaca e o famoso pequi, fruto
nativo responsável pela maior fonte de renda dos moradores da região. Como
ainda íamos ao Exu, decidimos comprar um
saco do aromático fruto do pequiziero somente no retorno do passeio.
No Parque “Aza” Branca, grafado propositalmente com a letra
Z, revivemos a história da vida e da música do maior artista nordestino de
todos os tempos. Certamente não apenas por coincidência, em determinado momento
da emocionante visita, no serviço de som do Museu do Gonzagão, tocava uma das
muitas músicas da prodigiosa parceria ente o sanfoneiro com o iguatuense
Humberto Teixeira:
“La
no meu pé de serra
Deixei
ficar meu coração
Mas
que saudade eu sinto
Eu
vou voltar pro meu sertão”
Inebriados com a fabulosa obra musical de Luiz Gonzaga,
sentimos a falta no acervo do museu de qualquer referência ao varzealegrense Zé
Clementino, parceiro do velho Lua em várias músicas de sucesso tais como Xote
dos Cabeludos, Xeeem, Capim Novo, O Jumento É Nosso Irmão e Terra dos
Contrastes.
Na retorno de Exu, decidimos visitar
outros importantes pontos Turísticos da Chapada do Araripe. Na margem da
rodovia CE-292, a 9 quilômetros de Nova Olinda, conhecemos a lendária Ponte de Pedra, formação
rochosa natural semelhante a uma ponte.
Em Santana do Cariri, no Museu de
Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (URCA), amostras do rico patrimônio geológico da
região se misturam a imponentes réplicas de dinossauros.
Também em Santana do Cariri, a apenas 4
km da sede do município, subimos para apreciar a vista a partir do Pontal de
Santa Cruz, que, segundo a crença popular, serviu para afastar as assombrações que
habitavam o local. Eu e o primo Augusto Cesar, preferimos encarar a subida por
uma estruturada trilha que também leva à pequena capela e a grande cruz fincada
no panorâmico pontal.
Na volta, no final da tarde, na rodovia,
cruzamos com milhares de pessoas acompanhando o carregadores do pau da bandeira
da Festa de São Sebastião, padroeiro de Nova Olinda.
Por fim, próximo ao Crato, paramos mais
uma vez na estrada para comprar as frutas regionais, especialmente o pequi,
ingrediente obrigatório na dieta dos sertanejos. Como havíamos iniciado uma
negociação com as vendedoras no inicio da manhã, saímos em busca das sumidas
proprietárias das barracas:
- Ei, ei... Onde as muié do pequi tão ?
(imagem
Google)
Disseste igual ao cantor sertanejo Leonardo, quando quis saber das muié do pequi.
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