Em minha vida,
por dádiva de Deus, gozo sempre do privilégio de conviver com pessoas
especiais, que me ensinam, me acolhem, me estimam, e, sobretudo, me
toleram.
Por alguns anos,
na década de 1980, morei em Fortaleza com minha avó materna Maria Amélia. Ela,
professora aposentada, tutora de vários filhos e netos, me tratava com
regalia, me mimava, me punha dengo. Porém, como todos nós
humanos, desenvolveu algumas manias. Mantinha hábitos como acordar bem cedo e, de certo modo, se
incomodar com aqueles que amanheciam o dia dormindo.
Eu, naquela
época, estudante do período noturno, nem todo dia precisava levantar cedo e
informava com antecendência à minha querida avó os dias da semana que possuía
atividade no início da
manhã. Para facilitar a comunicação avó-neto,
colava na porta do meu quarto uma agenda escrita em letras
garrafais com os horários dos meus compromissos semanais.
Minha avó, esbajando vitalidade, iniciava sua rotina diária na madrugada. Ainda
escuro, rezava o terço, ouvia programas de rádios, arrumava
os guarda-roupas, mexia em sacos plásticos e trocava móveis de lugar. E, mal
entrava os primeiros raios de sol pela janela do quarto, caso todo esse barulho
não bastasse para despertar o sonolento adolescente, ela ia à minha cama, me sacodia e
perguntava:
- Flavin? Flavin?
Hoje é dia de te acordar cedo????
(Imagem Google)
Que legal.pior que isso deixa saudade mano.
ResponderExcluirMas minhas férias, meu irmão eu íamos para casa de nossos avós paternos e minha saudosa avó Filomena Noleto também tinha esse costume de acordar cedo, depois dela acordar ninguém mais ficava dormindo, ela mandava levantar, mesmo que não tivesse nada para fazer.
ResponderExcluir😂😂😂😂😂😂... As histórias são as mesmas só os personagens que mudam 😂😂😂😂😂😂😂
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