"Nasci pela
Ingazeiras,
Criado no oco do
mundo.
Meus sonhos descendo
ladeiras,
Varando cancelas,
Abrindo
porteiras..."
Pedalando por 560km
pelos terrenos secos e acidentados do sertão nordestino, na CICLOEXPEDIÇÃO
DO RIACHO DO MACHADO AO VELHO CHICO, me peguei várias vezes cantarolando esses
versos do cearense Ednardo.
Eu, Lanussi, Jorgin,
Reginaldo, Carlin, Batista, Thales e Lamark, todos do cariri cearense, neste
mês de outubro de 2016, saímos de Várzea Alegre-CE, terra do intermitente Riacho do Machado, e, após setenta e quatro horas queimando
pneu de bicicleta pelo semiárido do Ceará, Paraiba, Pernambuco, Bahia, Alagoas
e Sergipe, alcançamos as margens do belíssimo Rio São Francisco, na cidade
alagoana de Piranhas.
No difícil percurso, nas noites de descanso, recuperamos as energias em pousadas de Barro-CE, Salgueiro-PE e Petrolândia-PE
Vivemos dias de hercúleo
esforço, intensa emoção e grata superação. Para cumprir a planejada meta
contamos com o fundamental apoio de vários colaboradores e com a estrutura
disponibilizada por meu irmão Luiz Fernando.
Ainda vestidos com as
armaduras(camisas) do evento e ao lado de nossas bicicletas, no Centro Histórico
da cidade de Piranhas, na Cachaçaria Altemar Dutra, comemoramos o inesquecível
feito.
No fim da noite,
extenuados e felizes, nos dirigimos ao hotel para o merecido descanso. Ali, como em
todos os lugares que passamos, as pessoas se admiraram e elogiaram a nossa
coragem. Um jovem e humilde funcionário do estabelecimento, ao escutar breve relato do
nosso longo percurso, falou:
- Meu avó também já foi duas vez numa barra circular* daqui até o Juazeiro pagar promessa pro Pade Ciço.
Eu, ainda retirando
alguns equipamentos da minha moderna e levíssima bicicleta de carbono, cantando
vitória por nosso insuperável feito retruquei:
- Com certeza seu avô demorou mais duma semana pra chegar daqui de Piranhas no Juazeiro do Norte, né?
O jovem rapaz
respondeu:
- Vô fez em três dia e três noite, descansado pouco e dormindo ao relento no mei da estrada...
* modelo simples de bicicleta da marca Monark
(Imagem Google)
... a fé Flávio... move todos os maiores sentimentos que um homem pode ter. A dor e o cansaço jamais serão obstáculos ... arrepiei e sei que você também 🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏
ResponderExcluirNos meus vinte anos, pedaladas numa barra circular diariamente uma média de 100km em Goiânia.
ResponderExcluirQue legal essa expedição. Muito feliz pelo feito amigo. Tenho certeza que foi muito prazeroso e que vc tem muitas histórias emocionantes pra contar pra gente. Vou esperar os próximos episódios. Adoro essas histórias
ResponderExcluirParabéns Flavio e sua equipe. Belíssimo trabalho de garra, força determinação. Tenho acompanhado ao londo do tempo suas expedições e tenho certeza que essas mercas, histórias, ficarão na sua lembrança.Admiro demais sua vitalidade,Sucesso
ResponderExcluirFaço minhas, as palavras de Ariadne Farias.
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