domingo, 29 de março de 2009

22 - MUNDIN E O IRMÃO

Mundin do Sapo, citado na postagem a eloqüência do Matuto, era capaz de saídas bem humoradas em qualquer situação. Nem mesmo o momento delicado de uma doença na família era capaz de bloquear sua inspiração.

Na década de setenta, seu irmão João Alves de Meneses, respeitado pecuarista e agricultor, foi abatido por uma grave doença. Ardendo em febre, João do Sapo, como era conhecido, embora acamado passou a se comportar como se tangesse uma grande boiada. Na sua imaginação, atravessava os animais pela águas do Riacho do Machado, córrego intermitente que corta grande área de terras férteis em Várzea Alegre. A alucinação da febre trouxe à mente do enfermo sua lida diária com o gado.

Mundin, que prestava assistência ao lado da cama, vendo seu querido irmão suar em calafrios e sofrer com ininterruptas dores de barriga, não deixou passar em branco, desconcertando todos os presentes:

- Meu irmão, aproveite, alivie a barriga da desinteria e tome um bom banho na passagem pela cheia do Machado.



Colaboração: Francisca Meneses Costa, dona Franci.

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