No início da
década de oitenta, o comerciante Alberto Siebra e o corretor de algodão Antônio
Ulisses decidiram passear em Fortaleza. No dia marcado, cedo da manhã, em um
veículo marca Ford modelo Belina, os dois amigos deixaram a
pequena cidade de Várzea Alegre com destino à capital cearense.
Por volta das onze
horas, no meio do trajeto da longa viagem, às margens da rodovia BR 116, na
região do Jaguaribe, os viajantes pararam para o ansiado almoço. Escolheram um
restaurante simples, sem luxo, preferido pelos fartos caminhoneiros que
transitavam pela estrada.
Ao sentar à
mesa, o apetitoso Alberto chamou o dono do restaurante e disse:
- Vamo fazer um empleita*.
Você vai trazeno o que tiver aí na cozinha
e nós vamo comendo.
O também
comilão Antônio Ulisses completou:
- Num deixe esvaziar os prato da mesa.
Com o almoço
servido os dois gordos amigos começaram a comer sem parar. Como acertado, o
garçom lutava pra não deixar prato vazio na mesa. A toda hora, Antônio Ulisses
e Alberto faziam um sinal para o atendente do restaurante e pediam:
- Traga mais
um arroizin...
Após cerca de
meia hora, o dono e também cozinheiro, sem dar conta do apetite dos varzealegrenses,
preocupado com a chegada dos vários caminhoneiros e fregueses habituais, chamou
o garçom em um canto e pediu:
- Vai faltar
comida pro outros freguês. Vá lá e leve doce de leite e
uma garrafa d’água pra ver se enche os bucho
daqueles dois.
Mal o gargom
se aproximou da mesa com a bandeja com um garrafão de água e tigelas com doce
de leite, Antônio Ulisses, com a boca cheia, olhou pra Alberto, sorriu e falou:
- Carece agora
não. Doce e água a gente só quer do mei
pro fim....
*empreitada
Colaboração: Ropson Frutuoso Bezerra
Colaboração: Ropson Frutuoso Bezerra
(imagem Google)
Kkkk. Muito boa.
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