sábado, 11 de agosto de 2012

635 - O CONTROLE DO SABÃO




Em Fortaleza, na década de 1980, morei com minha querida avó  Maria Amélia em um tranquilo e acolhedor apartamento do Bairro de Fátima.  Naquela saudosa época, eu cursava o segundo grau no Colégio Cearense Sagrado Coração e me preparava para o vestibular.

Minha avó custeava as despesas com muita dificuldade, pois vivia apenas com os parcos proventos de professora aposentada. Para tanto mantinha um rigoroso controle sobre as despesas com o telefone, com a energia, e com os mantimentos da casa.

Certa manhã,  eu estava no apartamento quando me surpreendi com minha avó, nua, saindo toda ensaboada do banheiro social em direção ao banheiro do quarto. Preocupado, pois ela contava com cerca de setenta anos de idade e estava bem acima do peso, eu falei:

- Vovó, a senhora vai acabar caindo. Fica passando de um banheiro pra outro toda molhada e ensaboada...

Gilza, antiga e fiel funcionária da casa, que observava tranquilamente a extravagante e arriscada cena de nudez, esclareceu:

 - Flavin, dona Maria tem muita pena do sabão omo. Pra não gastar o sabão em pó ela aproveita a espuma do sabonete do corpo dela e passa nas parede pra eu lavar os banheiro depois...


(imagem Google)

3 comentários:

  1. Santa sabedoria! Vivendo e aprendendo. Sera que vou copiar isso um dia?kkkkk

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    1. Veneide, eu tentei aplicar algumas vezes, mas não deu certo...KKKKKKKKK

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  2. KKK
    Dr. Flávio, eu jurava q era controlado, mas, sua avó me colocou no bolso facinho facinho

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