Certa tarde da década de oitenta, em um estreito
ramal do sítio Timbaúba, aprazível zona rural de Várzea Alegre, aconteceu o
encontro que todos aguardavam e temiam. Os agricultores Zaqueu Guedes e Zé Batista,
cada um conduzindo uma velha e possante camioneta, dirigindo em sentidos
opostos, quase bateram de frente. Faltou pouco para os pára-choques dos
veículos se tocarem.
Com dificuldade,
passando perto das cercas, os dois veículos cruzariam naquele estreito trecho
da estrada. Mas Zaqueu preferiu não arriscar, botou a cabeça fora da boléia e
gritou:
- Zé, meta uma ré
pra trás que laculá a estrada
enlarguesse...
O limitado motorista tentou voltar mas a manobra
deixou o veiculo atravessado e fechando completamente a estrada vicinal. Foi a
vez de Zé Batista sugerir:
- Zaqueu , é mió você vortá na sua fubica...
Com muita dificuldade e fazendo barulho, o velho
agricultor engrenou a marcha ré e saiu ziguezagueando até bater em uma cerca de
madeira.
O que já estava difícil piorou. Com os carros
fechando totalmente o ramal, não dava pra passar na estrada nem de bicicleta.
Vendo a situação se complicar, o poeta popular e lavrador Zaqueu propôs:
- Zé, o jeito é nós arredá a ceica de seu Fausto* pro lado pra mode nós
passá. Apois, já, já vem o õibu pegá
os aluno.....
* antigo morador do Sítio
Timbaúba...
(imagem Google)
Zaqueu foi a agência do Banco do Nordeste do Brasil fazer uma proposta de empréstimo. Chegou, tomou chegada do gerente e disse que pretendia fazer um empréstimo.
ResponderExcluirO Gerente lhe afirmou que, no momento, a unica linha de credito disponível era para financiamento de gaiolas. Zaqueu não pensou duas vezes e respondeu: "Dá mermo certo, meu gerente, deixei, em casa, quatro cabeças vermelhos presos num alçapão!
A gaiola em referencia era para criação de peixes.