domingo, 15 de março de 2015

901 - O CASEIRO DE ZÉ LAÉRCIO



No final do século passado, o à época gerente de banco José Laércio Costa possuiu um pequeno sítio no Canidezinho, distrito de Várzea Alegre, onde viveu prazerosos momentos com familiares e amigos. Contudo, após sucessivas dificuldades com os caseiros, o bancário parou de frequentar o terreno rural.

Certo dia, um desempregado buscou se informar porque o portão da chácara vivia fechado e não mais havia movimento no local.  As informações confirmaram que Zé Laércio tomara a difícil decisão por não encontrar uma pessoa com responsabilidade suficiente para cuidar do sitio.

Interessado em ocupar a vaga de caseiro, o homem foi à sede do município e encontrou José Laercio na agência bancária onde trabalhava. Ali, o candidato a emprego se apresentou ao proprietário do terreno:

- Seu Zé Laércio, eu sôbe que o sinhô tá sem ninguém no seu sitio e vim aqui no banco pro sinhô me contratar. O sinhô num vai se arrepender. Eu tenho muita experiência como caseiro, sei plantar, brocar, cuidar da casa, tratar dos animal...

José Laércio ouviu atentamente o candidato ao emprego e respondeu:

- Rapaz, pois você é bom demais! Mas eu não vou lhe contratar não.

- Num entendi, seu Zé Laércio.

-  Porque eu vou lhe prejudicar. Os outros que vieram, no começo, eram todos iguais a você, bons demais, e depois ficaram ruins. Eu num quero estragar você não...

Colaboração: José Solário Macedo Crispim, Bibi


(imagem Google)

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