Em meados do século passado, José Odimar Correia e seu
veículo caminhão misto marcaram a história do transporte rodoviário de Várzea
Alegre à Fortaleza. Com seu jeito extrovertido e conversador adquiriu várias amizades no
difícil trajeto pelo sertão cearense.
Casado com Balbina Vieira Correia, Zé Odimar se prevaleceu do isolamento e da falta de
comunicação da época, e, passando-se por solteiro, manteve uma namorada em Icó, cidade do vale do Jaguaribe por onde
o galanteador chofer parava com o seu conhecido veículo.
Após algum tempo do namoro, os familiares da jovem decidiram
tomar satisfação com o Zé Odimar, pois ouviram um boato de que o motorista era
cunhado do padre da paróquia de Icó,
Antônio Batista Vieira, relação verdadeira, pois o escritor, político e sacerdote
era irmão de Balbina.
Os pais e irmãos da moça, armados com revólveres e peixeiras, decididos a lavar a honra da
família, esperaram o varzealegrense no ponto da cidade de Icó onde comumente
parava o misto. Bastou Zé Odimar descer da cabina do veículo para o pai da
moça, ladeado por fortes rapazes, questioná-lo:
- É devera que você é casado na vazalegre? E é cunhado do Padre Vieira, seu cabra?
- Sou, sou cunhado dele sim, gaguejou, Zé Odimar.
E antes de ser alvejado por disparos da arma de fogo e
perfurado por golpes de faca, o
motorista completou:
- Faz, faz ano que o pade
é amancebado com minha irmã mais véa...
Colaboração:
José Solário Macedo Crispim
(imagem
Google)
Hahaha....meteu no padre e se safou o véio safado .
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