domingo, 10 de julho de 2016

926 - VENEZA MARAJOARA



Neste fim de semana, atendendo convite do casal Ana Iria e Renato Ribeiro, navegamos por extensas baias da Foz do Amazonas, desde Macapá até Afuá, cidade ribeirinha ao norte da ilha de Marajó. Foi minha primeira vez na “Veneza Marajoara”, assim chamada porque cortada por vários rios, como Cajuuna, Marajozinho e Afuá.

Após deslumbrantes paisagens na viagem em direção ao arquipélago do Majaró, fomos muito bem recebidos em Afuá por seu Dalk Salomão, simpático morador que nos hospedou e nos acolheu com intenso carinho. Eu, minha família e amigos logo nos sentimos em casa.

Caminhando pelas pontes da cidade paraense, algumas construídas em concreto, sentimos a dimensão da vida ribeirinha. A comunidade se mistura aos rios que a banha e se completa com aquelas extensas faixas de águas da bacia amazônica.

            Na movimentada orla, em meio a intenso comércio de produtos da floresta, comprei limões cidra (ou galego). O vendedor me convenceu apresentando as inúmeras qualidades do fruto:

- Tira "pitiú" de peixe e afasta "panema".

            Mesmo me achando cheiroso e me considerando sortudo, resolvi comprar os limões. Afinal nunca é demais cuidar da higiene corporal e sempre é bom reforçar as proteções contra o azar.

            Se na Veneza italiana as gôndolas singram os canais e compõe sua paisagem; na Marajoara, a bicicleta representa o único meio de transporte permitido sobre as pontes. Os serviços de táxi, primeiros socorros, segurança pública, combate a incêndio, transporte pessoal, tudo é desempenhado com o apoio do saudável veículo.

            No período de "agua grande", por volta do mês de março, a maré sobe muito e avança por baixo dos imóveis edificados sobre palafitas. Nesse período, o cemitério da cidade também permanece coberto d'água, razão pela qual os próprios moradores de Afuá brincam que ali o morto morre várias vezes, já que, mesmo enterrado, morre afogado todo ano na água grande.
 
            Os três dias que passamos pela cidade nos deixaram uma ótima impressão, tanto que, na volta para Macapá, na rápida lancha a motor Virgem da Conceição VI, quando ainda atravessávamos a chamada Baía do Vieira, deu saudade da sossegada, agradável e simpática Afuá.

(imagem Google)

5 comentários:

  1. Que bacana Flávio ... um dia irei com meu paizinho à sua terra natal. Meu pai veio muito criança de lá ( 4 anos de idade ). Minha avó, pessoa simples e visionária, trouxe seus 4 filhos pensando em lhes dá o melhor que poderia, o estudo. Hoje meu pai esta prestés a completar 70 anos sonha em um dia em rever esse lugar tão pitoresco e que lhe causa grande saudosismo...

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  2. Que bacana Flávio ... um dia irei com meu paizinho à sua terra natal. Meu pai veio muito criança de lá ( 4 anos de idade ). Minha avó, pessoa simples e visionária, trouxe seus 4 filhos pensando em lhes dá o melhor que poderia, o estudo. Hoje meu pai esta prestés a completar 70 anos sonha em um dia em rever esse lugar tão pitoresco e que lhe causa grande saudosismo...

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  3. Flavinho,
    Que passeio maravilhoso!
    O nosso Brasil é lindo, aliás, belíssimo.
    Você sabe apreciar e sentir a natureza. A natureza é tudo de bom. Conhecer a Veneza Marajoara é um privilégio. Gostaria de conhecer a Veneza Marajoara.

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  4. Adoro Afuá,suas paisagens lindíssima, pessoas amigáveis e os produtos são de primeira qualidade. Vamos marcar outro pedal pra la e espero que você participe.
    Abçs

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  5. Que bacana amigo. O povo do Afua é um muito acolhedor e receptivo. Além de terem muitas histórias pra contar.

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