Por muitos anos meu querido e saudoso primo José Costa Neto não soube
o que era uma barbearia ou um salão de
beleza. Nesse período, cortava seus cabelos loiros em casa ou nas feiras livres de
Fortaleza, quando acompanhava nossa avó Maria
Amélia nas compras. O serviço era rápido e sem luxo. O próprio
freguês segurava o espelho enquanto o improvisado barbeiro
trabalhava com a tesoura.
Mas naquela manhã de
dezembro da década de 1970, Costa estava animado. Seu tio Paulo Danúbio recebera o décimo-terceiro salário do
novo emprego de ascensorista e levou o sobrinho adolescente ao Salão Presidente, espaço
luxuoso e bem frequentado do centro da capital cearense. Ao chegar ao local,
uma bonita moça pediu ao novo freguês:
- Venha aqui. Primeiro vamos lavar o seu cabelo...
Costa seguiu a bela jovem mas,
desajeitado, em vez de sentar-se normalmente à cadeira apropriada para o serviço, abaixou a cabeça em
frente à torneira usada para molhar o cabelo. Percebendo que o cliente não costumava ir ao salão, a funcionária indicou a posição correta para o rapaz sentar e lavar os cabelos.
À medida que a moça usava
aromáticos shampoos
e condicionadores e alisava o couro cabeludo de Costa, o tímido e carente rapaz se animava. Ao fim do serviço o freguês
apresentava nas calças um volume que não
trouxera ao salão. Quando Costa, buscando disfarçar a incontrolável ereção, saiu caminhando em direção à cadeira do cabeleireiro, o tio Paulo Danúbio indagou:
- Meu sobrin por
que você tá andando corcunda desse jeito? Você impenou a
coluna?
Colaboração:
Paulo Danúbio Carvalho Costa
(imagem
Google)
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