Caminhando
pela zona rural de Várzea Alegre, cuidamos da nossa saúde física, realizamos
uma profilática higiene mental e melhor conhecemos a nossa querida terra natal.
Hoje,
o percurso escolhido nos rendeu um gosto especial. Eu, meu irmão Fernando, meu
primo Antônio Costa e o amigo Valdin Viana, com início no fim da tarde, caminhamos por cerca de uma légua –
seis quilômetros - do sítio Caldeirão à Lagoa das Panelas.
Na
antiga estrada carroçal, refizemos parte do caminho usado durante
anos por camboeiros, retirantes e romeiros. Ali nos deparamos com uma cruz
fincada à beira da estrada para lembrar a morte de um trabalhador, ocorrida em
1932.
No
pouco habitado percurso, percebemos, praticamente intocadas, árvores espinhosas
e outras comuns à vegetação típica da caatinga. No meio do ermo trajeto
cruzamos o leito seco do Riacho do Machado, principal córrego do município
cearense.
Na
parte final da nossa atividade, no escuro da noite, no topo de uma íngreme
ladeira, no sítio denominado Taba Lascada(Mulungu), paramos para descansar e
beber água na residência do simpático casal Joaquim Nosa e Emília Frutuoso.
Após uma rápida conversa, na despedida, da calçada alta, comentamos sobre um alvissareiro
relâmpago que se repetia no poente, indicando, para nós, a chegada de uma ansiada chuva no
sertão.
Dona
Emilia, nos seus 86 anos de experiência e sabedoria, desanimada por conta dos
sucessivos anos de estiagem, com bom humor, retrucou:
-
Esse relampim aí é veaco, num confio nele não...
(imagem Google)
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