No
início da década de setenta, Antônio Ulisses prestou o serviço militar obrigatório
em Fortaleza. Mesmo não se enquadrando na rigorosa disciplina do Exército, encantou-se
pela vida da caserna, tanto que sempre contava as histórias e aventuras vividas
naquele rico e especial período.
Após dar
baixa no quartel, Antônio Ulisses voltou para a sua cidade natal, Várzea
Alegre, onde foi contratado para ministrar aulas de Educação Física aos alunos
da Escola Figueiredo Correia. Era a oportunidade que faltava para o
varzealegrense demonstrar a rígida preparação e os fartos conhecimentos atléticos
adquiridos no período de soldado.
As
aulas de educação física aconteciam apenas uma vez por mês, em uma
segunda-feira. Certa vez, logo no início do ano letivo, como a atividade
começava bem cedo, o descansado professor pediu a um dos seus alunos e vizinho:
- João, no
domingo é arriscado eu tomar umas no Bar de Nego de Aninha. Na segunda vá lá em casa pra me acordar...
Bem
cedo, antes do sol nascer, o esforçado aluno bateu na velha porta de madeira e
gritou:
-
Professor Antônio Ulisses, tá na hora da aula. Professor, tá na hora...
Deitado
em sua rede, cochilando, o tranquilo e descansado mestre pediu:
- João,
junte os alunos e depois venha me chamar.
Decorridos
cerca de vinte minutos, o pequeno aluno voltou à casa do professor e avisou:
-
Seu Antônio Ulisses, já juntei os aluno
tudo. Tão lá de frente do Figueredo...
Sem nenhuma disposição para as atividades físicas, de sua rede o pouco atlético e sonolento
mestre disse:
-
Agora volte lá e diga a eles que hoje num
tem aula.
(imagem Google)
Ahahahahah! Haja paciência...Muito boa essa.
ResponderExcluirE esse original professor era meu tio....rsrss
ExcluirEssa é bem própria do saudoso Antônio Wlisse. Conheço muitas histórias dele contada por Rosa Amélia e no seu livro, Flávio. Aliás, HUMOR é próprio da FAMÍLIA! e sabe de onde vem? Da sua Bisa. A então engraçada (termo usado) Maria de Pedro Costa.
ResponderExcluirMinha mãe, certa vez me narrou uma conversa dela com sua irmã: Vicência de Enéas. Quando o mesmo (Enéas) faleceu, a viúva se reclamando dizia: "Como vou passar sem Enéas!"... e ela (Maria) "deixa de besteira minha irmã, o Cemitério de Várzea Alegre está cheio de marido meu e estou vivendo".
Foi uma risada total.
Desculpa Flávio por entrar nesse comentário. É que eu admiro e acho divertido o humos dos "COSTA"... Paulo Danúbio é um barato.
Fideralina.
Eu adorei o comentário e a história....rsrsrs
ExcluirGrande abraço.