Minha avó Maria Amélia viveu irradiando alegria, compreensão e equilíbrio. Com treze filhos e dezenas de netos e bisnetos, a varzealegrense, com amor e serenidade, se notabilizou pela sua infinita capacidade de amar e de superar com altivez os percalços da vida.
Na década de setenta, minha querida avó deixou a pequena Várzea Alegre e foi morar em Fortaleza. Ali, sua casa continuou bastante frequentada por todos, muitos vindos do sertão cearense para matar a saudade da sábia professora aposentada.
Certo dia, Antônio Ulisses, um dos filhos de Maria Amélia, chegou de surpresa à capital alencarina. Ao entrar na casa e olhar para a estante da sala, o corretor de algodão reclamou:
- Mamãe, cadê minha foto. Por que só tem retrato de minha irmã Terezinha?
- Ah, meu filho, você vem sem avisar. Terezinha me disse que chega hoje de Várzea Alegre.
(imagem Google)
Nenhum comentário:
Postar um comentário