domingo, 21 de agosto de 2016

936 - O JEITO DELFONSO DE SER





O artista varzealegrense Idelfonso Vieira Lima não acumulou riquezas, bens materiais. Viveu sempre com simplicidade, sem luxo, sem ambições. Produziu, no entanto, um enorme patrimônio de conhecimento e fez questão de dividi-lo com um grande número de discípulos.

Com seu jeito simples, simpático e bem humorado, o grande pintor desenvolveu características que marcaram sua vida, fácil e imediatamente percebidas por aqueles que com ele conviveram.

Na década de 1980, Delfonso adquiriu uma Brasília vermelha e fez uma viagem de Várzea Alegre a Juazeiro do Norte. Na condução do primeiro e único automóvel do talentoso pintor, seguia um dos seus aprendizes, Airton de Sinhô.

No meio do percurso, após a sede do município de Farias Brito, Delfonso dormia tranquilamente no banco do passageiro, quando acordou com um enorme barulho. Sobressaltado, o artista indagou:

- O que foi isso, Airton?

Ainda nervoso com o susto, o jovem motorista respondeu:

- Foi um cachorro, Delfonso, que atravessou a estrada e eu não consegui desviar.

O saudoso Delfonso, nem quis saber se o choque danificara o seu carro. Curioso, perguntador inveterado, revelando uma das características que marcou sua vida, arrumou os óculos e interrogou:

- E de quem era cachorro?

(imagem Google)

Colaboração: Samoel Moreira de Holanda Junior

Um comentário:

  1. Esse cara era muito evoluído espiritualmente. . . Pouquíssimos fariam tal pergunta !!!

    ResponderExcluir