O artista varzealegrense Idelfonso Vieira
Lima não acumulou riquezas, bens materiais. Viveu sempre com simplicidade, sem
luxo, sem ambições. Produziu, no entanto, um enorme patrimônio de conhecimento
e fez questão de dividi-lo com um grande número de discípulos.
Com seu jeito simples, simpático e bem
humorado, o grande pintor desenvolveu características que marcaram sua vida, fácil
e imediatamente percebidas por aqueles que com ele conviveram.
Na década de 1980, Delfonso adquiriu uma
Brasília vermelha e fez uma viagem de Várzea Alegre a Juazeiro do Norte.
Na condução do primeiro e único automóvel do talentoso pintor, seguia um dos seus
aprendizes, Airton de Sinhô.
No meio do percurso, após a sede do
município de Farias Brito, Delfonso dormia tranquilamente no banco do
passageiro, quando acordou com um enorme barulho. Sobressaltado, o artista
indagou:
- O que foi isso, Airton?
Ainda nervoso com o susto, o jovem motorista
respondeu:
- Foi um cachorro, Delfonso, que
atravessou a estrada e eu não consegui desviar.
O saudoso Delfonso, nem quis saber se o
choque danificara o seu carro. Curioso, perguntador inveterado, revelando uma das
características que marcou sua vida, arrumou os óculos e interrogou:
- E de quem era cachorro?
(imagem
Google)
Colaboração:
Samoel Moreira de Holanda Junior
Esse cara era muito evoluído espiritualmente. . . Pouquíssimos fariam tal pergunta !!!
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