terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

330 - BONS DE GARFO



        Em um feriado prolongado da década de oitenta, os primos e amigos Antônio Ulisses e Tércio Costa viajaram juntos de Várzea Alegre para Fortaleza. No carro também foram Antônio Costa e Dirceu, filhos do corretor de algodão Antônio Ulisses.

        No município de Jaguaribe, ainda na metade do longo percurso, o engenheiro Tércio parou para o almoço em um modesto restaurante às margens da rodovia BR 116.

        Antônio Ulisses indagou por quanto o proprietário do estabelecimento alimentaria os quatro passageiros. Naquele dia de pouco movimento, aproveitando a oportunidade para ganhar uns trocados, o dono do restaurante disse que bastaria o pagamento de três refeições, pois no grupo havia duas crianças. Mesmo assim todos poderiam comer até se fartar.

        Os quatro sentaram à mesa e passaram a se servir da abundante comida. Na medida em que as tigelas esvaziavam, o dono do restaurante cuidava em trazer para os esfomeados passageiros novas guarnições de feijão, arroz, farofa e temperos diversos.

       Depois de comer bastante, Antônio Ulisses e Tércio deixaram a mesa e pediram café. Porém, para o espanto do proprietário da casa, os meninos continuaram a comer. Naquele ritmo, os apetitosos garotos raspariam as panelas e causariam prejuízo ao restaurante.

        Já cansado de tanto trazer comida, na intenção de completar com água os insaciáveis buchos dos meninos, o proprietário do estabelecimento sugeriu:

       - Vocês querem uma aguinha?

       Antônio Costa, o garoto mais velho, com a boca cheia de comida, falou:

      - Não, seu . A gente só toma água do mei pro fim. Mas pode trazer uma pimentinha pra mode nós enfezar a língua...



Colaboração: Irapuan Costa

(imagem Google)

8 comentários:

  1. É que nem eu, só bebo água "no meio da refeição"!


    hauhauhauhauhauh

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  2. Êita meninos fastiosos !!! kkkkkkkkkkkkkkkk

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  3. kkkkkkkkkkkkkkkk ,foi isso mesmo que aconteceu so que com mais um detalhe,depois do almoço antonio costa perguntou ao dono do restaurante se o caba nao ganhava um queijinho de mantega pra ir comendo na viagem.valeu flavinho

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  4. Eu acredito na historia na integra, pois já hospedei estes maravilhosos rapazes em minha casa

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  5. Algo parecido aconteceu com um dos meus irmãos, quase dá prejuizo pro restaurante, mas perde pra esses meninos, será que os bichinhos não comem...rsrsrsrsrsrsr. Bjin.

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  6. Enfezar a língua é ótimo rsrsrsrss
    eu adoro pimenta!!

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  7. Manim comenta...

    Somente conhecendo as "criaturinhas", como nós varzaealegrenses", para acreditar que esse conto é por demais real.
    Tenho certeza que durante esse percurso ainda houve outras paradas para um lanchinho básico.
    Muito bom...

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