quinta-feira, 31 de março de 2011

358 - O CANTO DA JURITI

           Mesmo com todas as campanhas de conscientização e repressão dos órgãos ambientais, a criação de pássaros em cativeiro ainda é um hábito comum, especialmente no interior do Brasil.

            Na década de noventa, em Várzea Alegre, sertão cearense, o vendedor Zé da Roupa recebeu em sua casa um compadre trazendo uma grande gaiola com dois belos pássaros. Flagrantemente angustiado, o visitante disse:

            - Zé, eu vou morar no sunpaulo e só confio em você pra deixar o meu casal de juriti.

       Mas passadas poucas semanas, inesperadamente o compadre voltou de São Paulo e logo se dirigiu à casa de Zé da Roupa para buscar suas aves de estimação. Ao chegar à residência, o compadre perguntou:

           - Zé, as bichinhas cantaram muito?

           - Cumpade, aqui elas só fizeram um chiado.

           - Foi mesmo Zé? Como assim? – perguntou, o compadre, já procurando os seus pássaros pela casa.

           Como autorizara a esposa a torrar as juritis, pois a mulher reclamava que as aves sujavam bastante a casa, Zé da Roupa completou:

          - O chiado do óleo freivendo na frigideira, cumpade.



Colaboração: Geraldo Costa

(imagem Google)

4 comentários:

  1. aaaaaaaaaaaaaaaaai, que maldade! pensei que ele havia dado liberdade pra bichinhas.

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  2. Q maldade!!! Tadinha das juritis...já imaginou se fossem araras, fritinhas? Rsrsrs

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  3. Hummmm, olha que tanto faz ser jurití quanto arara ambas são uma delícia frita,rsrsrsrs. Bjin.

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  4. Tive um paquera que sempre me presenteava com pássaros e mãe não gostava nem pouco, porque os "bixim" sujavam a sala toda, mas ela nunca fritou nenhum ....kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Pense num romantismo ...... ou liseira mesmo???? !!!! kkkkkkkkkkkkkkk

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