sábado, 8 de outubro de 2011

480 - A VIRGEM E O GARANHÃO




         É preciso admitir. Embora haja outras preciosas qualidades a buscar, muitos de nós homens, seres inseguros, odiamos comparações, daí a preferência e desejo por mulheres virgens.

         Na década de noventa, em Macapá, um experiente profissional da área jurídica finalmente conheceu a jovem pura e imaculada que tanto procurava. 

Com cerca de vinte anos, a bela garota apresentava comportamento diverso das outras tantas com quem aquele conquistador já se relacionara. Recatada, sempre com pouca maquiagem, usando longos e nada decotados vestidos, a garota logo impressionou. Seguramente ela não possuia qualquer experiência sexual, situação incomum para as moças da sua idade.

Depois de várias conversas, contatos com familiares e visitas à residência da jovem, finalmente o sedutor conseguiu levá-la para saborear um delicioso camarão na Fazendinha, balneário próximo à cidade. Já a noite, no retorno para casa, sem avisar, o malicioso operador do direito entrou com o carro em um famoso motel.  

Em silêncio, o maduro homem pegou a jovem pela mão e a conduziu até o quarto. Ao entrar e fechar a porta, a escuridão tomou conta do hermético cômodo. O garanhão,  sob o efeito de algumas cervejas, começou a apalpar as paredes buscando em vão ligar as luzes do apartamento.

Ao perceber o nervosismo e a pouca desenvoltura do companheiro, a  sóbria moça, sem esbarrar em qualquer móvel, dirigiu-se à cama e rapidamente acendeu as luzes do quarto, dizendo:

- Amorzin, o interruptor é sempre aqui na cabeceira...


Colaboração: José Sidou Goes Miccione
(imagem Google)

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