sexta-feira, 20 de abril de 2012

590 - CASA DE DONA GLORINHA




Na década de oitenta, morei com minha avó Maria Amélia, em Fortaleza, no agradável e bem localizado bairro de Fátima. Naquela tranquila parte da capital alencarina sempre viveram vários outros amigos e parentes originários da nossa Várzea Alegre, cidade do sertão cearense.

Naquele prestigiado bairro fortalezense, uma das casas mais frequentadas pelos varzealegrenses se localizava na Avenida Visconde do Rio Branco. Ali residiam o casal Zé Cândido e Glorinha Rolim e seus filhos Geraldo, Genival, George, Antônio Gil, Gotardo, Gildásio, Noésia e Noélia. A residência da simpática e divertida família era ponto de apoio e local de encontro de muitos conterrâneos. No simples e acolhedor local não havia espaço para lamentações, tristeza ou preocupação.

Em uma tarde de sábado, um conterrâneo chegou à residência de dona Glorinha e ao cruzar a sempre aberta porta de entrada encontrou o lugar na maior festa. Todo mundo bebendo, comendo, sorrindo e contando histórias. O visitante estranhou o exagerado movimento e perguntou:

- Que é que tão comemorando? Aqui ainda mais animado...

Um dos presentes, com o copo de cerveja na mão, demonstrando a espontaneidade e tranquilidade dos moradores, respondeu:

- Hoje faz um ano que Gilgásio começou a trabalhar como corretor e ainda num vendeu nenhum imóvel...

 (imagem Google)Colaboração Hudson Batista Rolim

2 comentários:

  1. E nem por isso, Gildásio desistiu....
    Parabéns pela determinação!!

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    1. É verdade, Klébia.
      O querido Gildásio venceu com sua tranquilidade, bondade e determinação...

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