Nesta semana tive a oportunidade de visitar a Central Nuclear Almirante
Álvaro Alberto, em Angra dos Reis, responsável pela produção de cerca 3% da energia
elétrica brasileira e suficiente para garantir metade do consumo do Estado do
Rio de Janeiro.
A esclarecedora visita serviu para diminuir o preconceito com a
produção de energia à base do urânio radioativo. Restou também clara a
importância desse setor no mundo e sua relevância estratégica para o Brasil.
No entanto, sobretudo em razão das espetaculares bombas nucleares,
usadas na Segunda Guerra Mundial, e dos acidentes nas usinas de Chernobyl e Fukushima,
ainda há no meio da população muita desconfiança sobre empreendimentos como o
de Angra.
Essa palpitante questão das energias radioativas sempre influenciou
o imaginário popular, inclusive com repercussão nas seitas ocultas e na
feitiçaria.
Há alguns anos, caminhando pela Lagoa das Panelas, localidade da zona rural de Várzea Alegre,
sertão cearense, parei para conversar na calçada da casa do agricultor Raimundo
Olímpio de Souza, de apelido Ferro Véi . Após ouvir interessantes histórias do antigo morador, percebi seu olho vazado
e perguntei:
- Seu Ferro Véi, o que
foi isso no seu olho?
Sentado em um banco de madeira, o velho lavrador respondeu:
- Meu fii, isso foi inradiação, foi magnetismo.
(imagem Google)
Nenhum comentário:
Postar um comentário