domingo, 7 de abril de 2013

741 - DILÚVIO NO SERTÃO





   Quando dois cearenses do interior se encontram, conversam sobre tudo, mas alguns assuntos não podem faltar na prosa: seca, chuva, nuvens carregadas, previsões, profecias e outros temas relacionados ao tempo.

       Na última Semana Santa, em Várzea Alegre, depois de um início de ano com poucas chuvas, vibrei ao chegar e me deparar com a terra molhada, o verde se sobressaindo na paisagem e a esperança se renovando no coração dos sofridos agricultores e pecuaristas do sertão.

Caminhando pela minha querida cidade natal, encontrei o amigo e conterrâneo Carlos Roberto Almeida, conhecido como Betão, gerente da EMATERCE* em Parambu, cidade dos Inhamuns, microrregião cearense que sofre ainda mais intensamente os efeitos da estiagem.

Após cumprimentar o amigo, perguntei:

        - E aí, Betão? Como lá pelos Inhamuns, tem chovido também?

         O simpático conterrâneo respondeu: 

        - Flavin, choveu pouco. Dizem que nos Inhamuns é tão seco que no Dilúvio de Noé, nos quarenta dias, em Tauá** só choveu 7 milímetros...


*EMATERCE – Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Ceará
** Tauá - Município cearense da microrregião dos Inhamuns.
(imagem Google)

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