Quando dois cearenses do interior se encontram, conversam
sobre tudo, mas alguns assuntos não podem faltar na prosa: seca, chuva, nuvens
carregadas, previsões, profecias e outros temas relacionados ao tempo.
Na última Semana Santa, em Várzea Alegre, depois de um
início de ano com poucas chuvas, vibrei ao chegar e me deparar com a terra
molhada, o verde se sobressaindo na paisagem e a esperança se renovando no
coração dos sofridos agricultores e pecuaristas do sertão.
Caminhando
pela minha querida cidade natal, encontrei o amigo e conterrâneo Carlos Roberto
Almeida, conhecido como Betão, gerente da EMATERCE* em Parambu, cidade dos
Inhamuns, microrregião cearense que sofre ainda mais intensamente os efeitos da
estiagem.
Após
cumprimentar o amigo, perguntei:
- E aí, Betão?
Como tá lá pelos Inhamuns, tem
chovido também?
O simpático conterrâneo respondeu:
-
Flavin, choveu pouco. Dizem que nos Inhamuns
é tão seco que no Dilúvio de Noé, nos quarenta dias, em Tauá** só choveu 7 milímetros...
*EMATERCE – Empresa de Assistência
Técnica de Extensão Rural do Ceará
** Tauá - Município cearense
da microrregião dos Inhamuns.
(imagem Google)
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