Mesmo
prestando menos de um ano do serviço militar obrigatório no exército em
Fortaleza, meu querido tio Antônio Costa Filho, conhecido desde a infância como
Antônio Ulisses, trouxe inúmeras histórias da época da caserna. Adorava falar sobre esse rico e inesquecível período
da sua vida, misturando fatos verdadeiros, lendas, e criações da
sua prodigiosa mente.
Certa vez,
tio Antônio Ulisses contou que no início da década de 1970 limpava o piso dos corredores da sede do 10a
Região MIlitar, na capital cearense, quando um General entrou no prédio e parou
repentinamente. O SD Costa Filho se aproximou, prestou continência e perguntou:
- Bom dia,
General. Tudo bem com o senhor?
Ainda
estático, com as mãos para trás, o comandante respondeu:
- Não está
tudo bem porque não consigo entrar no quartel. Tem um grande obstáculo na minha
frente.
O soldado varzealegrense estranhou, olhou para o limpo e brilhante piso do prédio militar e não
viu nada que impedisse o caminho, momento em que o oficial superior apontou
para o chão e, com voz firme, ordenou:
- Retire
esse tronco de árvore que está na minha frente, soldado.
Apenas
nesse momento Antônio Ulisses entendeu o que acontecia. Abaixou-se e apanhou do
chão o objeto que impedia o General de seguir seu caminho: um pequeno palito de
fósforo.
(imagem Google)
Nenhum comentário:
Postar um comentário