sábado, 29 de março de 2014

851 - A CHAMADA DA PROFESS0RA



Assistindo a uma reportagem sobre as experiências de professores que ministram suas aulas de uma forma diferente, atrativa para os alunos, lembrei-me de quando estudava no Centro Educacional São Raimundo Nonato, em Várzea Alegre, no início da década de 1980.

Naquela escola do sertão cearense, recebi ensinamentos de dedicados professores.  Uma das mestres, Maria Laís Iolanda Costa (Dona Lolanda), sempre chamou a atenção da turma pela sua forma original, inteligente e inovadora de despertar o interesse crítico dos alunos pelas matérias que lecionava. Com criatividade, incentiva a leitura, provocava a pesquisa e estimulava os dispersos estudantes a  assistir aos telejornais.

Até na hora de fazer a chamada, Dona Lolanda fugia dos métodos tradicionais. Em vez da professora ler a lista dos nomes ou números e esperar os alunos confirmarem suas presenças, os estudantes gritavam seus próprios números em ordem crescente. Assim, a mestre anotava na caderneta de classe ao ouvir os números  "um", "dois", "três", "quatro"…

Nessa hora, o ativo e traquino estudante Francisco Eduardo Bitu de Freitas costumava aprontar com o tímido Francisco Edivan Lopes de Sousa. Antes que Edivan falasse o seu número "treze", Eduardo gritava "catorze", sem dar chances para o colega de classe confirmar sua presença. Assim, a professora Lolanda, por não ouvir o número "treze", registrava  falta do assíduo Edivan.

(imagem Google)

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