Grande parte das cidades do interior cearense movimenta sua economia com o dinheiro oriundo da aposentadoria rural. Após dezenas de anos de trabalho árduo no campo, o homem simples do sertão espera ansiosamente pela liberação dos seus merecidos proventos através do órgão previdenciário.
No início da década de 1980, depois de alguns meses aguardando a burocracia autorizar o primeiro pagamento, José de Souza Lima, de apelido Pé Véi, se dirigiu finalmente à agência do Banco do Brasil de Várzea Alegre para receber o ansiado aposento.
Sem esconder a satisfação, o modesto agricultor recebeu o dinheiro da funcionária da casa bancária e pôs o maço de cédulas imediatamente no bolso da calça. A gentil caixa, então, orientou:
- Seu José, é bom o senhor conferir o valor que tá recebendo.
- Carece não, já tou sastifeito só com a capa – respondeu Pé Véi, com incontida alegria.
(imagem Google)
Deviam ser um senhor maço, já que naquela época de inflação galopante o dinheiro não valia o papel em que estava impresso, lembro q meu pai ganhava um salário de 5 milhões e qualquer quantiazinha precisava de liga p/ amarrar. Pé Véi deve ter ter ficado mutio satisfeito mesmo
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