sábado, 20 de novembro de 2010

279 - A VENDA DA CACHORRA






          Em muitos finais de tarde, Antônio Ulisses se reunia com seus amigos no bar de Maria Araripe, no início da rua Coronel Pimpim. Numa dessas ocasiões, estava ao seu redor, Joaquinzin, Chico Basil, Luiz Dimas, Quidin Quereno e Chico Cancão. O saboroso papo fluía com desenvoltura ao sabor de uma gelada cerveja.
 
          De repente, chegou ao local, um vendedor com uma cachorra, insistindo para que Antônio Ulisses adquirisse aquele “pé-duro” animal. Além de não ser criador de cachorros, a inconveniente venda estava atrapalhando o desenrolar da agradável conversa entre os amigos.
 
          Não mais suportando a insistência do chato vendedor, Antônio Ulisses fez o seguinte comentário:

         — Meu amigo, qual a vantagem dessa compra? Quantos litros de leite essa cachorra dá por dia? Quantas dúzias de ovos ela põe por mês? Você já viu alguma vez alguém voltar do mercado com um quilo de carne de cachorro pro almoço?
 
        Mesmo assim, Antônio Ulisses resolveu comprar a pequena cachorra. A iniciativa, no entanto, desagradou sua esposa Maria Aparecida, pois o animal, pouco disciplinado, impedia a boa limpeza da residência.
 
        Antônio Ulisses, após várias discussões com Aparecida, resolver embarcar a cachorra no carro e seguiu na estrada vicinal. Logo no Brejinho, no terreiro da residência de seu Dario Pimpim, parou o carro e comentou com seu querido vizinho.
 
         — Seu Dario, eu vou resolver um problema conjugal. Vou soltar esse animal na Caatinga Grande, pois não posso trocar minha mulher por uma cachorra.



*extraído do livro "Conte essa, conte aquela - Histórias de Antônio Ulisses"
(ilustração Edricy França)

4 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkk
    Nem devia... Pense numa troca sem futuro......
    Precisava mesmo rir hoje...Essa foi um bom remédio... Brigada Flavim.

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  2. Vi no programa do Ratinho "SBT", um sujeito trocar a esposa por uma tv. Sábia decisão a de Antonio Ulisses.

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  3. Nessa troca ele só teria desvantagem. Decisão muita sábia a dele.Rsrsrsrs.

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  4. Sempre espirituoso, Antonio Ulisses... Bem minha prima-madrinha valia muito! Ser trocada pela cachorra... Deus me livre! KKKKK

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