quinta-feira, 5 de abril de 2012

582 - AS BELAS E A FERA




Em Várzea Alegre, os encontros encabeçados pelo corretor de algodão Antônio Ulisses sempre reuniram e divertiram  muita gente. Onde estivesse, uma roda de amigos e parentes se formava para ouvir boas histórias e  participar de descontraídos colóquios. 

Certa manhã de sábado da década de oitenta, no início da Rua dos Peru, Antônio Ulisses e o primo e engenheiro civil Tércio Costa conversavam e tomavam cerveja na calçada alta do escritório de compra e venda de algodão. Em certo momento da descontraída reunião,  Antônio Ulisses, balançando em sua cadeira, perguntou:

- Dotô Tércio, você num é um caba bem-parecido* mesmo assim sempre pegou muié bonita. Terminou casano com uma linda esposa. Me diga como era que você conseguia isso, hômi?

O simpático engenheiro Tércio, com sua voz rouca, revelou a sua interessante estratégia:

- Tõe Lissi era simples. Eu chegava numa festa e observava as mulheres. Identificava as dez mais bonita. E galanteava as dez. Só bastava ter dez por cento de sucesso.


* No tradicional sertão cearense, homem não pode achar outro bonito, apenas bem-parecido.
(imagem Google)

2 comentários:

  1. Lembro como se fosse hoje o nosso querido primo Tércio Costa falando da estratégia infalível nas conquistas das namoradas.Ele dizia que não saía das festas sem ninguém, nem que levasse 9 foras..mas na décima...dava certo! rsrsrsrs


    antonio costa

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    1. É isso ai, primo. Além de todas as qualidades, dotô Tércio era cheio de boas histórias...

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