quarta-feira, 18 de julho de 2012

624 - ESTRONDO (Pedra de Clarianã há dois anos)





         Nas desembocaduras de alguns rios da região amazônica, como na do Rio Araguari, no Amapá, ocorre a impressionante Pororoca. O fenômeno, que em tupi-guarani também significa estrondo, ocorre no encontro das correntes fluviais com as águas do oceano Atlântico. A força das ondas provoca um barulho ensurdecedor e inconfundível, escutado a quilômetros de distância.

        Certo dia da década de noventa, depois de uma animada “Festa de Agosto” em Várzea Alegre, o funcionário público Raimundo Luiz Sobreira de Oliveira curtia uma enorme ressaca cochilando em uma rede. De repente, Mundin, como conhecido, foi despertado por um enorme barulho. Os estampidos soavam cada vez mais fortes. Assustado, viu sua esposa Carla Menezes entrar no quarto e perguntou:

          - Que estrondo é esse, Carla? Calabaça já tá soltando os fogos da procissão de São Raimundo?

          - Nada não Mundin. Tou comendo umas “cream cracker” – respondeu Carla, ainda com a boca cheia e mastigando as famosas e crocantes bolachas da Fábrica Fortaleza.



Colaboração: Antônio Gerson Bezerra de Morais (Pirocha)
(imagem Google)

3 comentários:

  1. O Pedra de Clarianã além do humor tradicional, também é cultura...vai da geografia à história, literatura,etc. Adorooo!!

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  2. É, Teresa Lis.
    "O pedra de Clarianã além do humor tradicional,também é cultura...vai da geografia à história,literatura,etc."
    Também adoro. E concordo plenamente.

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  3. É, Teresa Lis.
    "O pedra de Clarianã além do humor tradicional,também é cultura...vai da geografia à história,literatura,etc."
    Também adoro. E concordo plenamente.

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