Em meados da década de setenta, na pequena e acolhedora Várzea Alegre, o Bar de “Nego
de Aninha”, estabelecido na antiga Rua Major Joaquim Alves, resolveu
diversificar a atividade e ingressar fortemente
no ramo do picolé. E para alavancar as vendas logo apresentou a promoção do palito premiado.
Foi
uma doce época em que os meninos e as meninas da cidade cearense saboreavam os
picolés de coco queimado, goiaba, manga, cajá, tamarindo, ou outros sabores,
ansiosos para ver se o palito trazia o carimbo borrado e pouco legível do Bar
de Nego de Aninha. Era o bastante para ter direito a um outro delicioso gelado.
Pouco
dias após o início da promoção, o número de garotos agraciados com o prêmio aumentou vertiginosamente. Eram tantos os contemplados que os vendedores
externos - picolezeiros - voltavam ao bar empurrando o carrinho cheio de palitos
carimbados.
Preocupado com a queda na arrecadação, Francisco Gregório da
Costa, conhecido por todos como Nego de
Aninha, chamou seu filho Antônio, responsável pela preparação dos picolés, e perguntou:
- Tontôi, você num tá carimbano palito demais não?
O filho, já desconfiado com as fraudes praticadas pelos
garotos da cidade, respondeu:
- Pai, eu num tou não, mas os fregues dos picolés tão carimbano adoidado...
(imagem Google)
Essa dos palitos eu lembro , rsrsrs mas não sabia que os moleques falsicavam os carimbos rsrd
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