sábado, 6 de novembro de 2010

270 - O BILHETE




             As localidades da zona rural do município de Várzea Alegre sempre foram muito apreciadas por Antônio Ulisses. Inúmeros eram seus amigos agricultores.

             Certo dia, juntamente com seu primo Tércio, foi fazer uma visita no sítio Lagoas. Para o almoço, o proprietário Gilson Primo, casado com uma irmã de Aparecida, Divanir, havia providenciado um carneiro.

           Ainda pela manhã, antes da aguardada refeição, Tércio precisou voltar à sede do Município para tratar de um assunto particular. Na saída, já no interior do veículo, o engenheiro foi interceptado por Antônio Ulisses, que lhe pediu o seguinte:
 
            — Tércio, vou anotar nesse papel um remédio pra você comprar na cidade. Por favor, não esqueça. É importante. Se não tiver em João Pimpim vá em Zé de Ginu mas não deixar de trazer.
 
           Tércio pôs o bilhete no bolso e seguiu sua viagem. Já na cidade, após resolver suas pendências, dirigiu-se à Farmácia Confiança, de Seu João Pimpim. Ao encostar-se junto ao balcão, para saber qual o remédio encomendado, retirou o papel do bolso e leu: “Tércio, por favor, não traga Raimundo Pedro”.

         Essa foi apenas uma das muitas brincadeiras que Antônio Ulisses criou com seus amigos. Em que pese o afamado apetite de Raimundo Pedro, ao contrário do escrito, desejava era também a divertida presença do amigo na ocasião em que fosse servida à mesa a deliciosa criação no Sítio Lagoas.



*Extraído do livro “Conte Essa, Conte Aquela – Histórias de Antônio Ulisses”

(ilustração Edricy França)

8 comentários:

  1. Leio vc todos os dias. Já virou mania, vício ou algo parecido.Rsrsr...uma correçãozinha...leio o PEDRA DE CLARIANÃ, diariamente!
    Desejo q vc continue assim...com essa mente brilhante!
    Bjim

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  2. kkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Mais uma boa história de Antonio Ulisses e contada com seu requinte de humor... Não tem como não dá grandes gargalhadas....kkkkk
    Brigada Flavim, por esse Blog existir....

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  3. flavio, permita-me a ousadia...onde posso encontrar o livro: CONTE ESSA, CONTE AQUELA-HISTORIAS DE ANTONIO ULISSES?
    Abraços


    Conce-terrânea

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  4. leio sempre q posso,mas sinto falta de uma coisa.bem q vc poderia colocar uns causos vivenciados por vc,q não foram poucos e sei q tem uns bem engraçados.bjks...

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Eu também concordo com o leitor acima... Sei que tem mais umas boas histórias pra rir, se sentir envergonhado ou " :( arrependido"... Manda lá! KKKK

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  7. Você é excelente contando os "causos". Tem a sabedoria dos poetas, mas... também gostaria de ler alguns causos onde vc é o protagonista. Como bom cearense acredito que tenha vários pra contar. Bejim....."fessora"rsrsrsrs.

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  8. Sou varzealegrense,moro em FORTALEZA.ESTOU VICIADA NA PEDRA DE CLARIMã.GOSTO MUITO PARA RIR ´ÁS VEZES CHORE DE SAUDADES DA SUA FAMILIA

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