Após
uma semana de intensos estudos no Rio de Janeiro, recebi o convite de um
simpático vizinho, Carlão Medeiros, para
conhecer alguns bares dos movimentados,
bonitos e agradáveis bairros da zona sul.
Mesmo
sem consumir bebida alcoólica há mais de dez anos, aceitei prontamente o
convite. Afinal, para sentir a cidade, conhecer as pessoas e entender o
verdadeiro espírito carioca, torna-se imprescindível passar por esses
reveladores e bem frequentados ambientes.
No
périplo por Ipanema, caminhando por elegantes ruas, paramos inicialmente ao
lado do balcão do lotado Popeye, na
Visconde de Pirajá. Em seguida, sentamos no tradicional e histórico Garota de Ipanema, onde Tom Jobim e
Vinicius de Moraes se inspiraram para compor umas das mais belas e conhecidas canções
brasileiras.
No
vizinho Leblon, conheci o Bracarense,
Azeitona e Cia e o Belmonte. Por fim, estivemos no Chico e Alaíde, chamado de dissidência, pois montado por antigo garçom
e cozinheira do Bracarense. Ali,
fomos recebidos pelo simpático sócio Chico,
cearense de Crateús, que, por sua paixão por corridas de cavalo, recentemente foi
objeto de reportagem no Jornal O Globo sob o título “do Jegue ao Jóquei”.
Em
todos esses bares, enquanto provava deliciosos
petiscos e bebia água, sucos e refrigerantes, o meu hospitaleiro cicerone
tomava gelados chopps e contava boas
e divertidas histórias da boemia carioca. Em certo momento da conversa, Carlão, com seus mais de dois metros de
altura, com o copo erguido após um grande gole, disse:
- Eu
já escolhi a frase pra ser escrita em minha lápide quando eu morrer: Aqui jaz Carlão Medeiros. Enfim parou de
beber.
(imagem do sitio eletrônico do Bar Chico e Alaíde)
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