terça-feira, 27 de março de 2012

577 - A VENDA DE COCADA




No final do século passado, em uma pequena cidade do sertão nordestino, um antigo morador instalou uma modesta venda de cocada na calçada da agência local do banco Bradesco.

Depois de algum tempo, por conta do grande movimento de clientes na porta da única casa bancária do município, o comércio de doces típicos progrediu.

Certo dia, observando o crescimento do pequeno negócio, um amigo se aproximou da banca e falou para o vendedor de doces:

- Tenho uma proposta pra você ganhar muito mais. Me arrume cem conto emprestado que eu pago cento e cinquenta no mês que vem.

O modesto vendedor respondeu:

- Dá não. Num posso quebrar o acordo.

- Que acordo? – insistiu, o amigo.

Sabendo da fama de mau pagador do conterrâneo e percebendo o claro oportunismo da proposta, o perspicaz ambulante explicou:

- Acertamo com o dono do banco pra mode um não atrapaiá o negócio do outo. Ele num vende cocada e eu num empresto dinhêro.


(imagem Google)
Colaborador: Carlos Leandro da Silva (Carlin de Dalva)

7 comentários:

  1. kkkkkkkkkk O bom negociador é aquele que é capaz de perceber o resultado antes do início. E a desculpa encontrada foi sensacional! Bom demais.

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    1. Tão boa que dava para o vendedor ser o dono do banco. Abraços, Assim.

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  2. Oi Flavim: estou sempre de olho nesta pedra e essa cocada foi muito bem trabalha,tem todos os ingredientes para uma boa risada.

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    1. Luiz, sua visita e comentários nos alegra sempre. Abração.

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  3. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Tem muito negócio "atrapaiado" por aí .....

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  4. Esses caboclos do sertão são inteligentes.. hehehe

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