terça-feira, 28 de dezembro de 2010

297 - CRIANDO ASAS




         Todo fim de ano, no período de festas, passageiros lotam os aeroportos e rodoviárias do mundo inteiro. Depois de muita ansiedade, milhões de pessoas finalmente realizam as suas planejadas viagens.

          No final da década de 90, em Arrojado, distrito de Lavras da Mangabeira, a professora aposentada Jacira, aproveitando a ampliação do transporte aéreo, convidou o marido para visitar parentes em São Paulo.

          Vicente, velho agricultor, acostumado com a vida tranquila do sertão cearense, não gostava de sair do seu pequeno distrito. Mesmo conhecendo o espírito acomodado do marido, a esposa insistiu:

        - Vicente, a viagem de avião é um pulo. A gente voa do Juazeiro de Padre Cícero e chega ligeiro em São Paulo.

       O experiente agricultor, sentado no banco de madeira, limpando as unhas com a ponta de uma faca, justificou:

       - Jacira, eu num aprendi nem nadar, avali* voar.


*vocábulo cearês que significa imagine, quanto mais...

Colaboração: Antônia Vilani Alencar

2 comentários:

  1. Flavim ,eu só queria um dia pegar um avião e parar ai nacapital amapaense,saber se é verdade essa,dizem que tem um campo de peladas que os times têm as mesmas condições de igualdade:é que o campo de futebol,fica
    na foz do rio Amazonas.A linha doEquador corta pela metade o Estádio Zerão,no Amapá,de modo que cada equipe joga um tempo no sul e outro tempo no norte.

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  2. Ave Maria !!! Até na Transamazônica, ele escreve.... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Boa viagem!! Deus os acompanhe !!!!

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