Cada atividade profissional possui seu vocabulário específico. Na vida forense, por exemplo, costuma-se utilizar palavras e expressões que soam estranhas no ouvido da população.
Na década de noventa, em Várzea Alegre, pequena cidade do interior cearense, após esgotar todos os meios de cobrança ao seu alcance, o próspero comerciante Elias Frutuoso resolveu ingressar com uma ação judicial contra um insensível devedor.
No dia da audiência, o comerciante chegou ao fórum no horário marcado e entrou na sala de audiências. Minutos depois, vestindo a formal toga preta, ingressou no recinto o juiz da comarca, que determinou:
- Vejam se o inadimplente já chegou:
Elias, atento às ordens do magistrado, imediatamente perguntou:
- Dotô, quem num chegou?
- O devedor, senhor Elias. O inadimplente não veio, ainda não respondeu ao pregão* – respondeu educadamente o juiz.
O comerciante, com seu jeito autêntico, coçou a cabeça e ponderou:
- Vixe, quer dizer que veaco agora virou inadimplente? Num dá certo não, dotô. Um nome bonito desse pra caba mau pagador...
* pregão também significa o ato de apregoar, de chamar publicamente em porta de auditórios, foruns, etc.
Colaboração: Dirceu Carvalho Feitosa Costa
Colaboração: Dirceu Carvalho Feitosa Costa
(imagem Google)
ME SENTI O PROPRIO ELIAS...EU TAMBEM VEZ OU OUTRA ESTOU NOS PES DO JUIZ PRA VER SE RECEBO CONTAS CADUCAS...MAS O PIOR E SUBIR AQUELA ESCADARIA COM O CORAÇAO SAINDO PELA BOCA RSRSRSRSR
ResponderExcluir