Olhar
para o céu, em direção ao nascente, com a mão protegendo os olhos dos fortes
raios solares, buscando algum sinal de chuva, trata-se de um dos gestos mais
repetidos pelo nordestino do sertão.
Na
cidade de Várzea Alegre, interior cearense, em um fim de tarde de meados do
século passado, durante um longo e sofrido período de estiagem, o comerciante
conhecido como Chico Cego, do muro da
sua casa, gritava sempre para a vizinha:
-
Maria Amélia, espie aí pro nascente
pra ver se tem algum preparo...
A
professora Maria Amélia olhava para o alto e, lembrando a pureza da mãe do
menino Jesus, respondia ao primo de seu esposo Antônio Costa:
- Chico, o céu tá todo azul, limpo que só
o coração de Maria...
Colaboração: Terezinha Costa
Cavalcante
(imagem Google)
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