domingo, 16 de janeiro de 2011

311 - O BANCO DE DIRCEU



          Por muitas décadas do século passado o próspero empresário Dirceu de Carvalho Pimpim trabalhou como usineiro de algodão em Várzea Alegre. Com a mesma desenvoltura, também desempenhou atividades na agricultura e no comércio da região centro-sul cearense.

           Certo sábado, em seu antigo escritório da Rua Major Joaquim Alves, onde também praticava a agiotagem, compareceu um cidadão e lhe pediu quinhentos mil réis emprestados.

          O Coronel Dirceu precisava de um prazo para colher informações sobre a capacidade de endividamento e de pagamento do novo cliente. Cauteloso, o comerciante combinou:

          - Passe na segunda que o dinheiro já vai trocado.

          No dia avençado o interessado não veio, retornando ao escritório somente na quarta-feira. Como nesse intervalo descobriu a fama de mau pagador do cliente, o empresário, sem constrangimento,  negou o empréstimo, dizendo:

           - Se pra pegar o dinheiro você atrasou dois dia. Avali quando fosse pra resgatar a promissória.



Colaboração: Paulo Danúbio Carvalho Costa

(imagem Google)

3 comentários:

  1. esse sabia das coisas, por esse era um grande comerciante

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  2. rsrsrsrsrs sempre com uma das boas... E num e que pra um bom entendedor um atrasinho basta?rsrsrsrs

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  3. Ele usou a perspicácia e a esperteza dos nordestinos, grande...rsrsrsrsrs. Abraços.

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