terça-feira, 12 de abril de 2011

366 - FERNANDO SEM "FREI" e JÚLIO BALA



         Na década de oitenta, dois jovens varzealegrenses viveram semelhantes problemas com o álcool. Envolvidos em intensas bebedeiras e incontáveis confusões, um recebeu o apelido de Júlio Bala porque tentou consertar com disparo de revólver um erro ortográfico em uma faixa publicitária. O outro, de Fernando Sem Frei, para diferenciar de um religioso conhecido na região por Frei Fernando. O desvastador efeito da bebida alcoólica transformava e perturbava o juízo dos dois rapazes de Várzea Alegre.

         Felizmente, com o apoio e paciência de suas famílias, Luiz Fernando e Júlio Bastos conseguiram se livrar do danoso vício. Hoje, para orgulho de todos, longe do álcool, tocam suas vidas com harmonia, honestidade e disciplina.

         Mas certo dia, bebendo desde cedo, peregrinando pelos botecos da cidade cearense, Júlio faltara mais uma vez ao seu trabalho. Somente na madrugada o agricultor Geraldo Leandro conseguiu encontrar o descendente, sem camisa e descalço, na Fina Flor, conhecido bar localizado no interior do Mercado Velho. Geraldo insistiu para que o filho fosse para casa. Como não foi atendido, o preocupado pai pediu ajuda a Luiz Fernando, que bebia atrás do balcão junto com Pingo, proprietário do Bar. Fernando então ordenou:

          - Júlio, acompanhe seu pai.

         - Vou nada. Vá se lascar – disse o bancário.

        Com a impertinente resposta, Fernando imediatamente pulou sobre o balcão, aplicou um violento golpe de gravata no pequeno Júlio, e o arrastou até sua residência.

         No fim da manhã, depois de poucas horas de sono, Júlio curtia em casa uma enorme ressaca física e moral quando seu pai chegou para almoçar. O agricultor se aproximou do querido filho e mais uma vez suplicou:

        - Julin, num faça mais isso não. Você quase num volta pra casa, meu fii.

        O bancário, tocando o dolorido pescoço, olhou para o  agricultor e disse:

        - certo, pai. Mas da próxima vez num peça ajuda a Fernando não. Chame a polícia que os soldados são muito mais delicados.



Colaboração: Júlio Bastos

(imagem Google)

6 comentários:

  1. kkkkkkkk, se eu tivesse lido isso antes teria comentado com fernando tava hoje cedo da noite com ele

    ResponderExcluir
  2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Esses dois aprontaram muitas .......

    ResponderExcluir
  3. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.devia ter ido pra casa com seu geraldo. hoje sao homens exemplos de superaçao e equilibrio das familias de ambas as partes.hoje tento seguir o exemplo dos dois,agradecendo a deus todo dia pelo dia anterior que nao bebi.

    ResponderExcluir
  4. Dr. Flavio.

    Passando para deixar o meu abraço.

    Antonio Morais

    ResponderExcluir
  5. Parabéns primo pela materia, olha que também fiz parte dessa historia, eu era guardião do primo sem frei, minha missão,correr e contar para tia, abraços.

    ResponderExcluir