segunda-feira, 18 de abril de 2011

369 - CORDEL DO CANDIDATO




        Na década de noventa, no sertão cearense, alguns meses após a eleição para a câmara municipal de Várzea Alegre, um cabo eleitoral encontrou Wilson Firmino, seu candidato a vereador, e protestou:

        -Ei, Wilson, você prometeu um emprego se ganhasse. Foi eleito, sumiu e num cumpriu a palavra. Trabaiei muito na sua campanha. Fiz mas num faço mais.

       Wilson, que, além de político e agricultor, também improvisa versos populares, sem perder a esportiva, imediatamente respondeu:

        - Hômi, num tem emprego pra dar não. Mas com esse mote* vou tirá uns veussos pra você agoria:

        “Gritei em comício demais

        Em cima de camião

        Muitas vez eu dei a mão

        A quem num me deu cartaz

        Misturei goma e gás

        Saí pregano retrato

        Adulano candidato

        Fiz mas num faço mais”


*Segundo o dicioário InFormal, na literatura de cordel, o mote indica uma frase metrificada ideal para o repentista (improvisador) fazer dela poesia

Colaboração: Antônio Alves da Costa Neto

(imagem Google)

5 comentários:

  1. Uma eleitora desiludida chegou para João Francisco e disse: Mas, seu João - eu me enganei muito com o senhor! E João - foi voce só não minha amiga. Tem mais gente.

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  2. Manuel Sampsom Bezerra, o Manuel Costa, filho de Toinho da Aba da Serra, protagonizou um feito majestoso. Foi vereador e presidente da Camara municipal de Varzea-Alegre e Cedro por duas legislaturas. Sabe o slogan da campanha? : Quem gosta de bosta, vota Manuel Costa.

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  3. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Só o que tem é INleitor Amagoado ....kkkkkkkkkkk
    Quando Klecim concorreu a uma eleição nos tempos de colégio, o slogan dele era assim: Ruim por ruim, vote em Klecim....kkkkkkkkk
    Dá-lhes Tiririca !!!!!! kkkkkkkk

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  4. Vi uma notícia que um caba safado foi preso por fazer sexo com uma cabra. Um autor de cordéis chamado Vicente Campos filho, fez a seguinte obra para o "estuprador de cabritas".

    No sertão nóis num se inrola
    No sertão... Faltou muié
    Nóis se vira cuma cabrinha
    E a bichinha gosta... né
    Nóis pregunta: “Tá gostano?”
    E a bichinha só diz: “Bééééééé!”

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