Antigamente
era comum construir casas com um sótão, compartimento situado entre o forro e a
armação do telhado. Em Várzea Alegre, além de guardar objetos velhos ou de
pouco uso, o espaço também servia para estocar o arroz produzido nas terras férteis do vale do Riacho do Machado.
Em uma tarde da segunda metade do século passado, na pacata cidade cearense, o
beco onde eu morava fugiu da tranquilidade costumeira e viveu um momento de incomum
agitação.
Um desastrado vizinho subiu ao sótão da sua casa para apanhar meia quarta* de arroz. Ao descer com o cereal, pisou em falso e
escorregou da escada que usara para alcançar o compartimento. Melhor seria se o pobre homem tivesse se estatelado no chão. Porém, em vez disso, sua queda foi
interrompida no meio do caminho.
Todos correram até a sala da casa para ver a inusitada cena. Alguns tentavam ajudar
o agoniado homem. Mas não foi fácil tirá-lo daquela sensível enrascada. O vizinho caiu tragicamente de bunda no pontiagudo armador de rede, e ali ficou, comicamente
pendurado.
* quarta é uma medida de peso comum no interior cearense
(imagem Google)
Oh cidadezinha dinâmica essa Varzea Alegre! E que povo criativo! Ja sto começando a pensar seriamente em inclui-la no proximo roteiro de viagem... Por enqto, stamos entre Mcp e suas matas cheias de cobra (ontem na peq fazenda à beira do Araguari, meu marido voltou p ksa c uma jiboia enrolada na mão. Depois, soltou-a na mata). Segunda-feira, tinha uma jararaca no frechal do telhado da ksa! Emoções, emoções...Um abç
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