quinta-feira, 11 de agosto de 2011

448 - TOTA-TOLA




No final da década de oitenta, no mês de junho, os jovens varzealegrenses Maurício Bezerra e Luiz Diniz Júnior foram participar da movimentada Festa do Chitão na vizinha cidade do Cedro. Para surpresa e alegria dos rapazes, logo que chegaram na pequena cidade cearense conseguiram a simpatia e a companhia de duas belas jovens do lugar. 

Antes de ingressar no local do evento, os dois rapazes, educamente, indagaram se as moças desejavam beber algo e elas responderam que aceitariam refrigerante. Assim, os dois casais se dirigiram ao balcão de uma pequena bodega próxima, e perceberam a prateleira do modesto estabelecimento repleta de coca-colas.

Como os disléxicos Luiz Junior e Maurício apresentavam dificuldade na pronúncia e trocavam algumas letras, especialmente o “c” pelo “t”, nenhum  dos dois tomou a iniciativa de pedir a coca-cola. Um olhou para o outro e nada de solicitar  o apreciado refrigerante. Passados alguns segundos de incômodo silêncio, Maurício olhou novamente para a prateleira e se dirigiu ao bodegueiro:

- O senhor tem pepsi

- Tem não, rapaz. Num tá veno que aqui só vende coca-cola? – respondeu  secamente o cansado comerciante.

Aliviados por não precisar expor diante das paqueras suas dificuldades de pronúncia, Maurício e Luiz Junior  solicitaram quase ao mesmo tempo:

- Senhor, então traga duas...


Colaboração: Maurício Bezerra

(imagem Google) 

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