Segundo
contado por Hugo Marconi Ribeiro no Dicionário
Informal, nas feiras de Campina Grande, agreste paraibano, nos anos 60 e 70, trabalhadores braçais com uma chapa de metal com número de
identificação colocada no chapéu, conhecidos como chapeados, eram responsáveis por levar as pesadas compras até as
residências dos fregueses.
Esses
homens, com muita força e disposição, ainda hoje descarregam caminhões que
chegam com pesadas mercadorias para abastecer as cidades do interior brasileiro. Chapeados
de Varzea Alegre como Catita, Vavá, Chico Rocha, Zé do Mudo, João Vicente, Baixin, Vicente Bezerra, Mané Bigodão,
João Mandu, Zezin de Eugênio, Zé Goteira, Albino, Raimundo Parrudo e Zé de
Otília, com seu humilde e importante trabalho, transportaram e participaram da história de seu lugar .
Em
uma tarde da década de setenta, no fim da movimentada feira de sábado da pequena Várzea Alegre, Chico Rocha, após tomar várias cachaças
no Mercado Velho, descia cambaleando a
ladeira da antiga Rua do Juazeiro. Um garoto que por ali passava, observando que o chapeado soluçava, perguntou:
-
Chico Rocha, por que o senhor tá
chorando?
O
conhecido e conversador chapeado tirou
uma moeda do bolso, olhou para o garoto, e, com sua gagueria habitual, disse:
- Tooome
essa prata. Eeeeu tava ariado. Num
lembrava nem meu nome...
Colaboração: Paulo Danúbio
Carvalho Costa
(imagem Google)
Achei o causo muito interessante,pois relata fatos do cotidiano.e do preconceito contra homoxesual um fato que ocorre quase todos os dias.
ResponderExcluirnossos nomes são Sindy e Iasmim somos da escola Filemon Fernandes Teles alunas da professora Fatima Gregório.