sábado, 27 de agosto de 2011

458 - DE OLHO NA PROFESSORA


 

As histórias envolvendo o popular corretor de algodão Antônio Ulisses sempre divertiram os moradores de Várzea Alegre, pequeno e acolhedor município do centro-sul cearense. E era o próprio personagem que, com inesgotável bom humor,  contava diversas  passagens de sua vida.

No final da década de noventa, o viúvo Antônio Ulisses se engraçou por uma bela professora de uma escola próxima. Diariamente a jovem passava caminhando pelo terreiro  da casa do aprazível Sítio Santa Rosa e despertou o coração do solitário coroa.

Crente de que possuía alguma chance, Antônio Ulisses encarregou Cosme, seu fiel empregado, de ir no sítio vizinho para observar se a professora mencionava o nome do apaixonado pretendente. Porém, ao voltar, com seu jeito simples e caricato, o agricultor Cosme relatou:

- Seu Ontôi, na frente deu  a muié num triscou no seu nome não...

Mesmo assim Antônio Ulisses não perdeu as esperanças e  continuou a vigiar a passagem da professora. Certa tarde, sob o sol causticante do sertão,  na estrada, o corretor fingiu acompanhar o conserto em uma cerca de arame farpado só para que pudesse cumprimentar a jovem quando ela passasse bem ao seu lado. Após desejar um sonoro bom dia e ser retribuído friamente pela moça, o patrão pediu ao empregado:

- Cosme, veja se ela olha pra trás.

O modesto agricultor observou a bela jovem seguir seu caminho e respondeu para o ansioso corretor de algodão:

- Seu Ontôi, ela num ispiou nem com o rabo do ôi...

Esperando um sinal positivo da moça, Antônio Ulisses insistiu:

- Nem uma olhadinha, Cosme?

- Só se ela oiou pelo restrovisor, seu Ontôi – disse o leal e sincero morador.


Colaboração: Antônio Alves da Costa Neto
(imagem Google)

Um comentário:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk;essa historis foi a pura verdade,a mae dessa moça vendia ovos,pai ia todo dia comprar ovos pra olhar pra ela,la em casa ficou com estoque de ovos tao grande que nem nos consequimos acabar.

    ResponderExcluir